"O senhor Presidente falou do esforço dos portugueses, esforço designadamente que foi feito nos últimos anos e que, nas palavras do senhor Presidente, foi cheio de sentido e produziu resultados. Do nosso ponto de vista também, o momento que hoje conseguimos ter, é fruto de um enorme esforço dos portugueses fizeram, mas de um esforço que foi consequente", defendeu João Almeida.

Em reação ao discurso de Marcelo Rebelo de Sousa na sessão solene do 25 de Abril, no parlamento, o porta-voz centrista sublinhou igualmente a referência à "necessidade de mais crescimento".

"Se os portugueses contribuíram com o seu esforço para conseguir enfrentar as dificuldades do passado, conduzir o país a um momento presente de maior serenidade, o desafio neste momento é conseguir acrescentar qualidade de vida aos portugueses, bem-estar social. Isso só se consegue com crescimento superior ao que temos, o que tem sido muito a mensagem do CDS", sustentou.

João Almeida sublinhou ainda positivamente a menção pelo Presidente à transparência institucional, à participação cívica e ao poder local.

"O senhor Presidente valorizou o facto de em Portugal haver um sistema de partidos relativamente estável, mas isso não deve ser dado como garantido. Do nosso ponto de vista, a transparência das instituições é, sem dúvida, essencial para a confiança", afirmou.

João Almeida defendeu, por outro lado, que é preciso estar "à altura do desafio da participação eleitoral", salientando a realização de eleições autárquicas, tal como o Presidente.

"As eleições autárquicas são tradicionalmente a que têm mais participação. Devemos olhar paras as taxas de participação em eleições recentes, em França e na Holanda, que rondam os 80%, muito acima daquilo que é a participação em Portugal", afirmou.

João Almeida começou por afirmar que Marcelo Rebelo de Sousa "dirigiu ao parlamento uma mensagem muito expressiva e cheia de significado", em que salientou primeiramente "aquilo que caracterizou como um patriotismo aberto ao mundo".

"Não é mais nem menos do que a afirmação daquilo que Portugal, ao longo da sua história e também no momento presente, tem como distinção de outros países, exemplo que podemos dar de sã convivência democrática, valorização de direitos fundamentais, numa época em que extremismos se atravessam no caminho da Europa", declarou.