Dos 67 militares que tinham sido admitidos, 18 eram "condicionais" e realizaram hoje provas de aptidão física, antes de o curso começar, no regimento de Comandos, na Serra da Carregueira, Sintra.

Assim, vão realizar o curso 57 militares, dos quais 4 são oficiais, 14 são sargentos e 39 são praças.

Dos 106 candidatos, 4 pediram para desistir, 18 foram excluídos por "inaptidão médica", 23 por "inaptidão física" e 04 por "inaptidão psicológica".

O 128.º curso terá a duração de 16 semanas, terminando em meados de julho, e será ministrado por 19 formadores, dos quais cinco oficiais e 14 sargentos, numa equipa que não inclui qualquer formador da edição anterior.

No curso anterior, do total de 67 formandos iniciais, receberam a boina e o crachá de Comando 23 militares.

O 127.º curso ficou marcado pela morte dos recrutas Hugo Abreu e Dylan Araújo, em setembro do ano passado. As mortes estão a ser investigadas pelo Ministério Público e, até ao momento, há 18 arguidos.

Na sequência de uma Inspeção Técnica Extraordinária ao 127.º curso, o chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, promoveu algumas mudanças que visam garantir mais condições de segurança para os recrutas, que incluem um reforço do número de médicos disponíveis - de dois para quatro - do controlo médico na fase de seleção e durante o curso e uma "redistribuição" dos parâmetros de recuperação, água, sono e alimentação.

Os instrutores tiveram formação específica em "fisiologia do esforço" e "medicina desportiva" para fiquem mais habilitados a perceber os sinais de exaustão ou falência, disse à Lusa o tenente-coronel Vicente Pereira.

Por outro lado, a formação prestada na Escola Preparatória de Quadros aos formadores do curso de Comandos também foi reforçada no sentido de haver maior rigor no cumprimento das orientações estabelecidas superiormente.