Através da análise de dados públicos como tweets, pesquisas do Google, obituários e notícias locais, este grupo de investigadores gerou um fluxo de dados composto por mensagens sobre armas e fez um mapeamento de posts relacionados com violência. Ao ler esta “pegada digital” de dados, o grupo espera conseguir criar um “fenótipo digital”, de forma a perceber de que forma as pessoas se relacionam com as armas, quando isso acontece e por que razão. Analisando estes dados podemos por exemplo tentar relacionar o número de pesquisas pela palavra 'armas' com o número de pessoas que nessa mesma localização estão a tentar comprar armas. O site Gun Violence Surveillance vai ser lançado nos próximos meses. 

No fundo, este é o tipo de análise de dados públicos que, aplicado por exemplo aos hábitos e pesquisas de produtos online, já serve os interesses de empresas, e que serve também de base para as instituições tomarem algumas decisões quando chega o momento de legislar. A proposta deste grupo é, desta forma, contribuir para a discussão do uso de armas nos Estados Unidos, recorrendo a esta fonte de dados alternativa aos dados das instituições oficiais. “Os dados existem ou podem ser partilhados muito facilmente. O FBI tem esses dados. A polícia tem esses dados. Mas somos forçados a fazer as coisas desta maneira porque ninguém tem permissão para partilhá-los”, explicou Jessyca Dudley, uma das integrantes do projeto, em declarações ao The Guardian. “Portanto começámos a analisar dados de fontes não convencionais”, concluiu. Aqueles que desejem receber informações e alertas sobre o projeto podem inscrever-se online.

A ideia foi apresentada no South by Southwest Conferences & Festivals (SXSW), que está neste momento a decorrer em Austin, Texas, nos Estados Unidos.

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