"Independentemente do resultado, Portugal e o Porto ganharam. Ganharam com uma candidatura que prestigiou o país, uma candidatura nacional. O Porto está claramente no conjunto das candidaturas mais fortes", disse Adalberto Campos Fernandes que falava em conferência de imprensa ao lado do presidente da câmara portuense e da secretária de Estado dos Assuntos Europeus.

A cidade do Porto está a competir com Amesterdão, Atenas, Barcelona, Bona, Bratislava, Bruxelas, Bucareste, Copenhaga, Dublin, Helsínquia, Lille, Malta, Milão, Sofia, Estocolmo, Viena, Varsóvia e Zagreb.

A EMA, cuja localização em Londres terá de mudar devido à saída do Reino Unido da UE, conta atualmente com 890 trabalhadores e recebe cerca de 35 mil representantes da indústria por ano.

A decisão sobre a nova localização da EMA, bem como da Agência Bancária Europeia, deverá ser votada a segunda-feira pelos ministros dos Negócios Estrangeiros dos países membros num conselho europeu.

O ministro da Saúde frisou que "o Porto mostrou a sua vitalidade, a sua capacidade de acolher entidades de elevada diferenciação", apontando que "de certeza que a cidade abriu portas", uma convicção partilhada pelo autarca Rui Moreira.

"Nada será como antes porque o Porto passou por todas as etapas necessárias. Nos critérios fundamentais, o Porto preenche todos os parâmetros fundamentais. Doravante em situações desta natureza, o Porto passa a estar no mapa de cidades que podem acolher este tipo de investimentos e instituições", disse o presidente da Câmara.

O autarca fez um agradecimento ao Governo por este ter decidido avaliar a possibilidade da candidatura portuguesa poder partir do Porto: "Reclamamos quando temos de reclamar, também somos gratos", disse.

Rui Moreira mostrou-se esperançado de que a decisão de acolhimento da EMA recaia sobre o Porto e sintetizou o seu sentimento: "Se as coisas correrem bem, perfeito. Se não correrem tao bem, apesar de tudo passamos a estar no mapa e num campeonato que nunca tínhamos estado".

Já em resposta a questões dos jornalistas, Adalberto Campos Fernandes, confrontado com a pergunta sobre quanto custou a candidatura à EMA, não quis revelar valores, referindo que "foi um grande investimento" mas "essa resposta é a menos importante", disse.

"É uma candidatura forte e a projeção da cidade do Porto em termos europeus seguramente vai trazer muito mais rendimento do que investimento feito", concluiu o governante.

De acordo com a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, "foi feito um intenso trabalho diplomático e muitas diligências diplomáticas junto dos 26 países envolvidos".

A governante apontou porém, que o sistema de votação é "um pouco complexo", descrevendo que cada país tem três votos para atribuir à primeira candidatura, à sua preferida, dois votos para a que acha que deve ficar em segundo lugar e um voto para a que deve ficar em terceiro lugar.

Ana Paula Zacarias disse que Portugal e o Porto têm de estar preparados para qualquer desfecho, numa "corrida bastante renhida".

[Notícia corrigida às 18:24 - Corrige, no segundo parágrafo, a designação da secretária de Estado. Esteve presente a secretária de Estado dos Assuntos Europeus e não a secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares]

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