O autarca teme agora que o incêndio que fustigou o concelho possa ter "impactos no âmbito do turismo", recordando que a floresta que ardeu situa-se junto à orla marítima, afetando todas as praias no norte do concelho de Alcobaça.

O fogo criou "um problema ambiental brutal", sendo necessário salvaguardar agora os aquíferos, que podem ser contaminados pela matéria ardida, disse Paulo Inácio, que falava aos jornalistas após uma reunião de autarcas do distrito com o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos.

Além disso, será também necessário "proceder ao corte de árvores junto da rede rodoviária", face ao perigo de estas caírem para as estradas.

Nesse sentido, apelou a que haja uma articulação entre municípios e Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) para que se possa avançar com a ação de forma "imediata".

Paulo Inácio frisou ainda que vai ser feita uma ação de "sensibilização muito forte junto dos proprietários para não fazerem grandes disparates", por forma a que "não haja mudanças de tipologia da floresta que há naquela zona", povoada por pinheiros, nomeadamente pinheiros mansos.

"Queremos manter a tipologia de pinheiro e garantir que os proprietários não vão para a opção de rendimento mais rápido, que é o eucalipto. Eu não quero mais isso no meu município", asseverou.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 41 mortos e cerca de 70 feridos (mais de uma dezena dos quais graves), além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O Governo decretou três dias de luto nacional, entre terça-feira e quinta-feira.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos.

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