O caso verificou-se na unidade da freguesia de São Roque, onde o alerta foi dado por volta das 10:30 e obrigou à intervenção da GNR, que fez sair do recinto todos os funcionários e utentes. Também evacuou o edifício contíguo da Junta de Freguesia, "por precaução", e entregou depois a uma brigada de inativação de explosivos as operações necessárias para assegurar a segurança do local.

Após a análise efetuada ao imóvel pela brigada de desativação de explosivos dessa força policial, os funcionários do centro de saúde foram reconduzidos para os seus postos de trabalho e procederam também eles a uma busca.

"Pedimos-lhes que avaliassem se haveria no local algo estranho, diferente do habitual, mas também não houve registo de nada, pelo que o centro de saúde estará por esta altura a retomar a sua atividade normal", afirmou o tenente da GNR às 14:00.

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis já explicara ao fim da manhã à Lusa que o motivo apresentado pelo autor da ameaça de bomba fora a desmarcação de várias consultas devido à ausência de uma médica por baixa.

"[O indivíduo] ligou para lá a dizer que, se as consultas não fossem remarcadas até ao final do dia de hoje, fazia explodir o dispositivo que deixara no centro de saúde", contou Paulo Vitória.

Nem o sujeito nem o telefone que utilizou foram ainda identificados, mas o tenente Gonçalo Ribeiro assegura que o incidente será agora "sujeito às devidas diligências de investigação, para que se possa apurar quem foi o autor da ameaça".

A Lusa contactou a direção do Agrupamento de Centros de Saúde do Entre Douro e Vouga II Aveiro Norte, assim como a administração da Administração Regional de Saúde do Norte para saber quantas consultas foram hoje desmarcadas no Centro de Saúde de São Roque, quantos utentes foram afetados pela medida e quanto tempo terão esses que esperar até nova remarcação, mas até ao momento nenhuma dessas entidades forneceu os dados solicitados.

"Não passou tudo de uma ameaça", garantiu à Lusa o tenente Gonçalo Ribeiro, do comando distrital de Aveiro da GNR, acrescentando que "foi feita uma busca a todo o edifício e nada foi encontrado”.

"Ao que nos explicaram, houve uma série de consultas que tiveram que ser desmarcadas estes dias porque uma médica do centro de saúde está de baixa", declarou à Lusa o comandante da corporação de bombeiros de Oliveira de Azeméis, Paulo Vitória. "Alguém não deve ter ficado satisfeito e ligou para lá a partir de um número anónimo, a dizer que, se as consultas não fossem remarcadas até ao final do dia de hoje, fazia explodir o dispositivo que deixara no centro de saúde", acrescenta esse responsável.

A ameaça foi feita a partir de um número de telefone "não identificado" e, segundo o comandante dos bombeiros, envolveu "uma mensagem [áudio] gravada", repetida em 'loop'.

Paulo Vitória defende, contudo, que "tudo terá sido uma brincadeira de mau gosto", porque até às 13:00 ainda não fora encontrado qualquer engenho explosivo no local e logo depois a GNR "já estava a permitir que as pessoas entrassem outra vez no edifício".

Em todo o caso, a ameaça será sujeita a investigação policial e, como observa o comandante dos bombeiros, "nesta fase os suspeitos são todos os utentes que tiveram uma consulta desmarcada".

[Notícia atualizada às 14h57]

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