“É bem-vinda. Os partidos que ponham os interesses do país à frente dos seus interesses de táticas partidárias são, obviamente, medidas e posturas que apreciamos”, disse o presidente da CIP, António Saraiva, que falava aos jornalistas à entrada da reunião plenária da Comissão Permanente de Concertação Social, em Lisboa.

De acordo com o responsável, “o PS anteriormente estava ausente e errático”.

“Se esta nova liderança do PSD colocar o partido, em termos parlamentares, disponível para apoiar as reformas que o país continua a necessitar e se colocar o país à frente das lógicas partidárias só podemos subscrever. Se for essa a atitude, ainda bem que assim é porque todos ganhamos”, acrescentou.

Questionado sobre este assunto, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, notou que “aquilo que resultou do congresso do PSD no passado domingo foi a mudança de pessoas, de direção, para dar continuidade à mesma política”.

“Basta olhar para os chamados acordos de regime para perceber que o que está em marcha são duas ideias centrais: a primeira é pressionar o atual Governo [de maioria socialista] para não mexer na atual legislação laboral e a segunda é tentar recuperar a velha máxima do ‘menos Estado, melhor Estado’ para abrir grandes áreas como a saúde, a educação e a segurança social ao setor privado para que daqui resulte negócio em vez de melhores serviços públicos”, criticou o representante.

Arménio Carlos sustentou ainda que “o Governo tem agora uma oportunidade de clarificar a sua posição: se dá um passo à esquerda ou se volta com um passo para a direita e se volta para trás”.

Também questionado, o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, João Vieira Lopes, disse estar “na expectativa” sobre esta aproximação, mas afirmou ser “muito cedo” para assumir uma posição.

O primeiro-ministro, António Costa, recebeu hoje o novo presidente do PSD, Rui Rio, numa audiência que durou quase duas horas e meia.

Após o encontro, Rui Rio admitiu que há “uma nova fase” nas relações com o PS.

Já na segunda-feira, António Costa tinha considerado positivo para o país a disponibilidade para o diálogo interpartidário por parte de Rui Rio.

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