"Em trabalho conjunto de inteligência entre a Polícia Federal brasileira, Ministério Público Federal do Brasil, Interpol e as autoridades portuguesas, ele [Raul Schmidt] foi localizado e preso", refere a nota da Polícia Federal brasileira.

A Agência Lusa contactou o advogado de Raul Schmidt, Pedro Delille, que escusou-se a confirmar o sucedido, remetendo para domingo de manhã esclarecimentos sobre a situação do seu constituinte.

No âmbito do processo Lava Jato, Raul Schmidt é investigado pelo pagamento de luvas aos ex-diretores da Petrobras Renato de Souza Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada - todos envolvidos no esquema de corrupção, branqueamento de capitais e organização criminosa relacionado com a petrolífera estatal brasileira Petrobras.

Segundo a imprensa brasileira, além de atuar como operador financeiro no pagamento de subornos aos agentes públicos da Petrobras, o empresário luso-brasileiro também aparece como intermediário de empresas internacionais na obtenção de contratos de exploração de plataformas da Petrobras.

Na 13.ª Vara Federal da Justiça Federal, em Curitiba, há dois processos contra Schmidt por corrupção, organização criminosa e branqueamento de capitais. As duas ações penais aguardam o resultado do processo de extradição.

O juiz titular do processo de extradição de Raul Schmidt no Tribunal da Relação de Lisboa considerou recentemente que estavam esgotados os recursos do arguido e emitiu um mandado de detenção do empresário luso-brasileiro, após a polícia não o localizar em casa.