Em nota publicada na sua página, a Arquidiocese refere que a decisão de constituir aquele grupo foi aprovada, por unanimidade, no Conselho Presbiteral, em que foram definidas orientações para a renovação da Pastoral Familiar.

O grupo que irá acompanhar os divorciados recasados será composto por leigos e sacerdotes.

“Para além de informar e aconselhar sobre processos de declaração de nulidade do matrimónio, a equipa irá acompanhar cada caso, para que, após um processo de discernimento pessoal, seja reavaliado o acesso aos sacramentos e a possibilidade de virem a ser padrinhos/madrinhas”, acrescenta a nota.

O objetivo da resolução, sublinha, “passa por integrar a pessoa na comunidade cristã, após um verdadeiro processo de discernimento, que conduzirá a uma conversão, um trabalho sério da consciência”.

“Há que evitar dar a entender que se trata de uma ‘autorização’ geral para aceder aos sacramentos. De facto, trata-se de um processo de discernimento pessoal, no foro interno, acompanhado por um pastor com encontros regulares, que ajuda a distinguir adequadamente cada caso singular à luz do ensinamento da Igreja”, pode ler-se no documento intitulado “Construir a Casa sobre a Rocha”, que será divulgado em breve.

O documento vai ao encontro da exortação apostólica “Amoris Laetitia” (Alegria do Amor), do papa Francisco.

No documento da Arquidiocese de Braga, é ainda reforçada a importância e responsabilidade da Pastoral Familiar na preparação matrimonial e no acompanhamento dos casais nos primeiros anos de vida conjugal.

São sugeridas algumas ações baseadas nas propostas apresentadas pelo papa, como a realização de reuniões de casais, retiros, conferências de especialistas sobre problemáticas da vida conjugal e familiar, espaços de espiritualidade, preparação de agentes pastorais para falar com os casais acerca das suas dificuldades e aspirações e escolas de formação para pais.