“A Assembleia propõe um voto de solidariedade para com o magnífico reitor e uma recomendação ao Governo e ao ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior para rever o orçamento da Universidade da Beira Interior, designadamente no âmbito das políticas deste Governo de promoção do Interior e no reconhecimento da especificidade desta instituição, por forma a dotar a universidade com os meios adequados e suficientes ao exercício da sua função”, é referido na moção.

O documento, que foi apresentado pelo grupo municipal do Movimento Acreditar Covilhã, lembra que na última semana o reitor da UBI revelou publicamente que não submeteu a proposta de orçamento para 2018 em virtude desse subfinanciamento.

A moção sublinha que tal decisão “é um grito de desespero que deve ser ouvido” e que representa um ato em “defesa da instituição e protesto por aquilo que afirma ser um défice de financiamento público da instituição de 1,2 milhões de euros”.

Os eleitos municipais frisam igualmente que, “face a essa recusa, acabaram por ser os serviços do Ministério das Finanças a optar por usar o mesmo orçamento do ano passado para preencher o requisito legal, agudizando ainda mais a situação orçamental” desta instituição de ensino superior que está sediada na Covilhã, distrito de Castelo Branco.

Durante o período antes da ordem do dia, a Assembleia Municipal da Covilhã também aprovou por unanimidade uma moção que reivindica a reposição da comparticipação a 100% de todos os medicamentos para os reformados dos lanifícios.

A moção, que foi apresentada pelo grupo do PSD, começa por lembrar que os reformados dos lanifícios têm direito à comparticipação total dos medicamentos, em virtude de terem descontado para esse fim durante a vida ativa.

Um direito que, lembram os eleitos municipais do concelho da Covilhã, “tem vindo a ser posto em causa com as alterações que têm vindo a ser feitas à lei”.

“As alterações produzidas pelo atual Governo obrigam os reformados a consumirem genéricos ou a terem de pagar o valor remanescente, caso optem por um medicamento de marca e de preço superior”, é explicado na moção, que exige que seja reconhecido aos reformados da indústria dos lanifícios o direito à Saúde, “com o regresso do acesso gratuito a todos os medicamentos comparticipados, mesmo que não sejam genéricos”.

Na sessão foi ainda respeitado um minuto de silêncio pela morte, num acidente rodoviário, de Anabela Loureiro, que integrava a lista da CDU à Câmara Municipal da Covilhã.