O fim da imunidade de Marine Le Pen, decidida pela Mesa da Assembleia Nacional após um pedido judicial, deve permitir a emissão de um “mandado de condução” para apresentação mediante a convocação do juiz, de acordo com as fontes.

Em dezembro de 2015, Marine Le Pen publicou três fotos de execuções no Twitter com o comentário “Estado Islâmico, é isso”.

Marine le Pen removeu de imediato uma das fotos, a de James Foley, que “chocou profundamente” a família do jornalista norte-americano decapitado pelo EI.

“A liberdade de expressão e de denúncia, que é consubstanciada no papel do deputado, morreu com esta decisão de baixa política”, declarou a presidente da Frente Nacional à agência de notícias AFP.

“É melhor ser um ‘jihadista’ na Síria do que um deputado que denuncia as abjeções do Estado Islâmico”, acrescentou.

Outro deputado da extrema-direita, Gilbert Collard, também está a ser investigado pelas mesmas razões.

O Parlamento europeu aceitou, em março, retirar a imunidade da então Marine Le Pen. No entanto, Le Pen conseguiu eleger-se deputada em França em junho, tendo abandonado o cargo político em Bruxelas.

No fim de setembro, o Parlamento francês retirou a imunidade de Gilbert Collard, que já interpôs um recurso no tribunal administrativo.