"Não é possível estar um ano inteiro a executar um orçamento que, na verdade, não é retificado mas é muito corrigido em relação à versão aprovada no parlamento e que normalmente dá sempre para fazer uma grande propaganda", disse Assunção Cristas aos jornalistas, à margem de uma visita a zonas afetadas pelos incêndios nos concelhos de Mira (Coimbra) e Vagos (Aveiro).

Para Assunção Cristas, a greve de hoje da função pública tem de ser vista "à luz daquilo que este Governo tem prometido muita vez e depois não tem cumprido", referindo-se à diferença entre aquilo que o executivo socialista aprova em sede orçamental e o que vem depois a executar.

"Em muitos setores da sociedade, em muitos setores profissionais, há descontentamento em relação ao Governo e, talvez agora, também, esses sindicatos que tenham estado mais tranquilos nos últimos anos, entenderam que é agora a forma de se fazer ouvir", frisou a líder centrista.

Em causa na greve nacional está a falta de respostas às reivindicações da Frente Comum, como o aumento dos salários na função pública, o descongelamento "imediato" das progressões na carreira e as 35 horas semanais para todos os trabalhadores.

Os professores também estão a cumprir hoje uma greve, convocada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) em defesa dos direitos, das carreiras, da estabilidade e dos salários. Esta é a terceira greve nacional dos trabalhadores da Administração Pública com o atual Governo e a primeira convocada pela Frente Comum de Sindicatos, segundo a listagem cedida pela estrutura sindical.

A primeira greve com o executivo de António Costa ocorreu em 29 de janeiro de 2016 e foi convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos da Administração Pública, assim como a de 26 de maio deste ano, que teve como objetivo reivindicar aumentos salariais, o descongelamento das carreiras, o pagamento de horas extraordinárias e a redução do horário de trabalho para 35 horas em todos os serviços do Estado.

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