“Infelizmente, confirma-se, para já, o nome de uma portuguesa, nascida em 1943, com residência em Lisboa. É uma das vítimas mortais”, disse José Luís Carneiro. Desconhece-se em que contexto a mulher estava na capital da Catalunha, mas sabe-se que uma outra mulher, de 20 anos, a acompanhava, ignorando-se o seu paradeiro, adiantou o governante. “Encontra-se mais uma portuguesa desaparecida, que terá 20 anos. Estamos a desenvolver diligências para tentar verificar o seu paradeiro”, frisou.

O secretário de Estado já informou a família da vítima mortal portuguesa, a quem transmitiu “disponibilidade para apoiar em tudo o que for necessário”, nomeadamente na identificação e nos procedimentos para a trasladação do corpo. Um dos familiares já se encontra em Barcelona, acrescentou.

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Segundo as informações recolhidas pelo Governo junto dos hospitais que receberam vítimas do ataque, entre os feridos não há portugueses, realçou José Luís Carneiro, adiantando que há cerca de 35 mil portugueses inscritos nos serviços consulares na região da Catalunha. “Mas há depois uma população flutuante, sobretudo do fluxo de turismo, fluxo de trabalho, fluxo de investimento, há, de facto, muitos fluxos, que têm como destino Barcelona. Portanto, temos de continuar, como sempre dissemos, a aguardar por todas as informações até às ilações finais”, sublinhou o governante.

Marcelo manifesta apoio a família de portuguesa vítima do atentado 

Numa declaração à Lusa, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, adiantou que já falou telefonicamente com o filho da portuguesa que morreu na sequência do ataque em Barcelona, e que é também pai da jovem portuguesa que está desaparecida, exprimindo as suas “condolências pessoais”.

Marcelo Rebelo de Sousa referiu que transmitiu ainda a “esperança” de que a jovem desaparecida seja encontrada.

Numa mensagem colocada na página da Internet da Presidência da República na Internet, o chefe de Estado português manifesta também “o seu apoio à família neste momento difícil, apresentando as suas sentidas condolências”.

Na nota, o Presidente da República, que na quinta-feira contactou o Rei de Espanha, condena, “mais uma vez”, com “veemência, o ato terrorista”, manifestando a solidariedade portuguesa a todas as vítimas.

António Costa expressa condolências

"Queria prestar aqui as nossas condolências e que estão a ser envidados pelas autoridades espanholas todos os esforços para procurar localizar a familiar que a acompanhava e que não está neste momento ainda localizada", declarou António Costa, sublinhando que este falecimento "só reforça a dor" partilhada com o povo espanhol por um atentado, "que confirma que o terrorismo é uma ameaça global".

António Costa afirmou que desde o atentado de quinta-feira em Barcelona que a secretária-geral do Sistema de Segurança Interna "ativou a Unidade de Coordenação Antiterrorismo, que tem mantido uma análise permanente quanto ao risco em território nacional e até ao momento não se verificou qualquer alteração do nível de risco".

"Temos estado em contacto com as autoridades espanholas, desde logo o senhor Presidente da República com sua majestade o rei de Espanha, eu próprio com o presidente do Governo espanhol, expressando as nossas condolências e condenação deste atentado e temos estado a acompanhar as informações que têm ocorrido", afirmou.

O chefe do executivo disse que o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas já contactou a família da vítima, estando os serviços consulares portugueses em Barcelona estão "a dar todo o apoio" e "as autoridades espanholas também".

"Não temos até ao momento qualquer comunicação de qualquer outro português ou portuguesa que tenha sido vítima dos atentados, mas neste momento não há identificação plena ainda das vítimas, portanto, não podemos excluir que possa haver outros portugueses", declarou.

Um homem avançou com uma carrinha sobre a multidão em Barcelona, atropelando mortalmente 13 pessoas e ferindo perto de uma centena, na avenida Las Ramblas. O ataque ocorreu pelas 17:00 locais (16:00 em Lisboa) de quinta-feira e foi reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico. Mais tarde, um segundo ataque em Cambrils fez uma vítima mortal e seis feridos. Foram mortos pelo menos cinco supostos terroristas em Cambrils, a 117 quilómetros de Barcelona, que estariam a preparar um outro atentado nessa localidade balnear.

(Notícia atualizada às 14h10)

 

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