O estado de saúde de um cidadão australiano, de 68 anos, é o caso mais grave na sequência do atropelamento em massa que aconteceu esta quinta-feira na marginal da praia de Copacabana no Rio de Janeiro. Os outros feridos, entre eles dois menores de 7 e 10 anos, encontram-se estáveis, mas com várias fraturas, informou esta sexta-feira a secretaria de Saúde do Rio de Janeiro em um comunicado.

Um outro turista sofreu um traumatismo craniano, mas a sua identidade ainda não foi divulgada.

O motorista do veículo, identificado como António de Almeida Anaquim, de 41 anos, foi detido no local do acidente e passou por exames toxicológicos, que não acusaram que estivesse sob efeito de bebidas alcóolicas, permanecendo a versão do próprio que diz ter sofrido um ataque epiléptico enquanto conduzia.

A Secretaria de Saúde indicou ainda que uma bebé, uma menina de nove meses, morreu no hospital.

Na altura do incidente a marginal estava lotada devido ao bom tempo que se fazia notar, "uma noite quente de verão em em pleno período de férias", relata a AFP.

"O motorista explicou na esquadra que teve uma crise de epilepsia e realmente foram encontrados medicamentos contra a doença no carro dele", informou à AFP o coronel Murilo Angeloti, da esquadra de Copacabana.

Como não fugiu do local do acidente, responderá em liberdade por homicídio involuntário, explicou Angeloti.

O carro preto, com os vidros parabrisas destroçados pela violência do impacto, invadiu a calçada parando só na areia da praia, arrastando várias pessoas, as mercadorias de vendedores ambulantes e o carrinho de um bebé em que se encontrava a menina de nove meses.

Roberto Miguel, vendedor de um dos quiosques da calçada situado perto do local do acidente, disse à AFP ter visto várias pessoas com pernas partidas e outros ferimentos.

"Os clientes que estavam sentados mais perto [da calçada invadida pelo carro] saíram a correr. As cadeiras voaram, havia imenso fumo e as pessoas pensavam que havia um incêndio", relatou.

"O motorista tentou sair do carro, mas as pessoas não deixaram. Ele ficou dentro do carro até a polícia chegar", acrescentou.

Apesar das imagens evocarem as cenas dos atentados de Nice, em 2016 ou de Barcelona, no ano passado, a hipótese de se tratar de um ataque terrorista foi imediatamente descartada.

De salientar ainda que o calçadão de Copacabana não possui bloqueios de acesso ou outros sistemas de segurança utilizados por locais turísticos de outros países.

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