"Temos um inferno no trânsito. Já não há hora de ponta em Lisboa, agora é a hora Medina, que é a todas as horas. A hora Medina é a hora de ponta em Lisboa, que é continuamente", disse Assunção Cristas aos jornalistas, junto à estação de metro do Campo Grande.

Para a candidata à Câmara da coligação "Pela Nossa Lisboa" (CDS-PP/MPT/PPM), a solução para a mobilidade na cidade passa pelo ordenamento do trânsito, os semáforos, a Carris, os elétricos, "mas também, e estruturalmente, com o metro".

Assunção Cristas argumentou que o projeto desenvolvido pelo CDS-PP de mais 20 estações de metro até 2030 "é hoje liderante": "Mais à esquerda ou mais ou centro direta, todos defendem a expansão do metro. Portanto, é uma ideia que, aliás, não é nova e que estudámos, desenvolvemos e apresentámos, e que primeiro sofreu críticas, e hoje está consensualizada".

A candidata que também é presidente do CDS-PP falava antes de seguir de metro até ao Rato, descendo a rua de São Bento até ao parlamento, para defender uma recomendação ao Governo sobre o Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas (PETI), a que acrescentou a expansão dos metros de Lisboa e do Porto.

Assunção Cristas escolheu a estação do Campo Grande para distribuir panfletos com o plano de expansão que o gabinete de estudos do CDS-PP e a sua candidatura concretizaram, porque nela se prevê a junção ao Aeroporto, fazendo-a um ponto de convergência também da linha vermelha, além das atuais verde e amarela.

O plano passa também pelo crescimento "para Ocidente, que é uma área que não tem nada", e que Assunção Cristas diz que no passado Fernando Medina também já defendeu, ‘esticando’ a linha vermelha para Campolide, Amoreiras, Alcântara, Alto de Santo Amaro, Ajuda, Belém e Algés.

A estação de Algés, concelho de Oeiras, destina-se a escoar o tráfego da linha de Cascais, incentivando também o uso do comboio. Na última fase, o plano passa pelo crescimento até Loures.

Assunção Cristas assumiu a "visão metropolitana" do projeto e acusou o atual autarca que se candidata pelo PS de não ter "qualquer capacidade de ação e de influência junto do primeiro-ministro", apesar da afinidade política.

A 01 de outubro concorrem em Lisboa Assunção Cristas (CDS-PP/MPT/PPM), João Ferreira (CDU), Ricardo Robles (BE), Teresa Leal Coelho (PSD), o atual presidente, Fernando Medina (PS), Inês Sousa Real (PAN), Joana Amaral Dias (Nós, Cidadãos!), Carlos Teixeira (PDR/JPP), António Arruda (PURP), José Pinto-Coelho (PNR), Amândio Madaleno (PTP) e Luís Júdice (PCTP-MRPP).