"Eu acho que para quem não é de esquerda e, porventura, gente de esquerda desiludida, a doutora Assunção Cristas é a melhor opção no próximo domingo. É esse sinal que eu, como presidente do partido e amigo dela, pessoa que confia nela, quer dar", afirmou Paulo Portas.

Um prolongado abraço selou a aparição de Portas na campanha, numa ação entre duas pastelarias emblemáticas, a Luanda, no cruzamento da avenida de Roma com a Estados Unidos da América, de onde Cristas tinha partido em 'arruada', até à Mexicana, onde o antigo vice-primeiro-ministro a aguardava.

Paulo Portas disse estar no cumprimento de um compromisso que fez quando deixou a liderança centrista: "Na hora das eleições dar o exemplo daquilo que acho que os antigos presidentes de partido devem fazer: tocar a reunir".

"O que quero é dar este sinal que acho que um ex-presidente do partido, com 16 anos de exercício à frente do CDS, deve fazer. É também um sinal que eu dou para todos aqueles que em nome do CDS estão empenhados seja em listas próprias, seja em listas de aliança por todo o país. Eu sei o que são estas lutas", afirmou.

Portas fez o elogio de Assunção Cristas e da sua decisão em se candidatar à Câmara de Lisboa, um "sinal de coragem", não entrando no terreno da competição com o PSD pelo segundo lugar, mas frisando: "Está bem posicionada, parece-me".

"Não ligo muito nem a projeções, nem a prognósticos, são os eleitores de cada concelho que vão decidir qual é a votação de cada um. A doutora Assunção fez bem em não se posicionar nesse tipo de avaliações, quem vai decidir, naturalmente, quem fica em primeiro, segundo ou terceiro são os eleitores", declarou.

O antigo presidente do CDS pediu ainda aos eleitores que "não se deixem tentar pela abstenção", e, dirigindo-se à sua 'gente' centrista sublinhou: "Ela arriscou, foi para o terreno, no início esses prognósticos não existiam, no CDS os galões ganham-se no terreno".

Antes de se sentar a tomar café com Portas, Cristas disse sentir-se "muito inspirada a continuar um grande caminho de crescimento do CDS, que foi visível nas últimas eleições autárquicas", quando o partido passou de uma para cinco Câmaras municipais.