“Na sequência das repetidas quebras na oferta da Soflusa, reconhecidas ontem [terça-feira] pela administração da empresa, e indo ao encontro de uma iniciativa que já estava a ser preparada, a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, face às atribuições previstas nos respetivos estatutos, iniciou hoje uma ação fiscalizadora”, afirmou uma fonte oficial à agência Lusa.

Segundo a mesma fonte da AMT, a iniciativa decorre das perturbações registadas no transporte fluvial entre as duas margens do Tejo e “em causa está a proteção dos direitos dos passageiros”.

A administração da Soflusa apelou aos passageiros, na terça-feira, para evitarem as deslocações entre as 08:00 e as 09:00, período durante o qual se verificaram incidentes no cais do Barreiro.

Naquele período de ponta da manhã estavam previstas nove carreiras, mas apenas circularam sete, provocando uma grande aglomeração de passageiros no cais.

Segundo uma administradora da empresa responsável pelas ligações entre o Barreiro e Lisboa, na terça-feira, entre as 06:00 e as 09:00 estavam previstas 20 ligações e foram cumpridas 17, de uma frota composta por oito embarcações, das quais apenas quatro estão a operar.

De acordo com a mesma fonte da Soflusa, na segunda-feira foram suprimidas oito ligações durante a hora de ponta da manhã.

Na sexta-feira, a Soflusa fez saber que não iria conseguir assegurar esta semana todas as carreiras entre Lisboa e o Barreiro, por "indisponibilidade da frota".

A AMT tem por missão regular e fiscalizar o setor da mobilidade e dos transportes terrestres, fluviais, ferroviários, e respetivas infraestruturas”, assumindo a “proteção dos direitos e interesses dos consumidores e de promoção e defesa da concorrência”, nomeadamente nos setores privado e público.