Nas eleições autárquicas de 01 de outubro, o BE concorre sozinho a 131 autarquias e coligado no Funchal, na ilha da Madeira, e, de acordo com informação de fonte oficial do partido à agência Lusa, a coordenadora nacional, Catarina Martins, "marcará presença em todos os distritos e regiões autónomas" durante a pré-campanha e a campanha, num total de 42 dias com agenda pública desde que regressou de férias.

O BE escolheu o distrito do Porto para iniciar e terminar o período oficial de campanha - que decorre entre 19 e 29 de setembro -, repetindo no encerramento a arruada em Santa Catarina, rua histórica do centro portuense que marcou o fim da corrida para as eleições legislativas de 2015.

"A campanha do BE será o reflexo das propostas essenciais a uma política autárquica de esquerda, na garantia de transportes e mobilidade, na defesa da habitação contra a especulação imobiliária ou na garantia da transparência contra o caciquismo", referiu a mesma fonte do partido.

Durante a campanha oficial, a líder bloquista percorrerá o país no formato já habitual do partido, centrando-se nas zonas mais urbanas, com especial incidência nos distritos do Porto, Lisboa, Setúbal, Aveiro, Faro, Santarém e Braga.

No dia 28 de setembro, penúltimo dia de campanha, o BE vai fazer uma viagem de comboio que "percorrerá os concelhos de Cascais, Oeiras e Lisboa", uma ação que "servirá para apresentar propostas sobre a importância do investimento em transportes públicos de qualidade, com reflexo direto na qualidade de vida das pessoas e na construção de cidades sustentáveis".

Entre as ações de pré-campanha, para 09 de setembro está marcado um encontro de mulheres autarcas e candidatas de todo o país, em Torres Novas, e para 16 de setembro um comício na Mouraria com o candidato a Lisboa, Ricardo Robles, "num dos bairros mais afetados pela pressão da especulação imobiliária e pelo aumento do preço das rendas".

No passado fim de semana, Catarina Martins marcou o arranque do período de pré-campanha depois das férias em Lamego, Chaves e Alijó, concelhos onde o partido apresenta candidaturas autárquicas pela primeira vez, "numa região do país em que sobra em isolamento e desigualdade o que falta em serviços públicos que permitam a fixação de população".

Nas eleições autárquicas de 2013, os bloquistas perderam para o PS a única autarquia que lideravam, Salvaterra de Magos, e a nível nacional conseguiram apenas 2,4% dos votos e apenas oito mandatos.