O acordo foi firmado em Naypyidaw, na capital birmanesa, e trata do “documento que os refugiados terão de preencher” para serem integrados no processo de repatriação, indicou o Ministério das Relações Exteriores de Bangladesh.

Segundo a nota do Ministério, o acordo ficará completo dois anos depois do início do processo de repatriação. O documento indica ainda foram construídos cinco acampamentos no estado de Rakain, no oeste de Birmânia, onde vivia a maior parte dos rohingyas no país.

Até à data, nenhum dos dois países tinha avançado com uma calendarização da repatriação dos rohingyas, uma minoria muçulmana, que, segundo a ONU, foi vítima de uma “limpeza étnica”.

Pressionada pela comunidade internacional, a Birmânia prometeu repatriar os refugiados, se estes conseguirem provar que já residiam em território birmanês. Bangladesh também pressiona o governo de Aung San Suu Kyi para que dê efetivamente início ao processo de retorno dessa comunidade. O país acolhe quase um milhão de rohingyas na sua fronteira a sudeste, onde está construído o maior acampamento de refugiados do mundo.

"Nos próximos dias, os refugiados poderão começar a ser registados. O processo poderá começar", explicou à AFP o embaixador de Bangladesh na Birmânia, Mohamad Sufiur Rahman, embora tenha descartado que os primeiros retornos aconteçam já no final de janeiro, como se havia anunciado.

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