Na petição e apresentação da biografia dos novos santos, António Marto disse que “os traços de espiritualidade dos dois irmãos assumem uma vocação inseparavelmente contemplativa e compassiva, que os leva a ser espelho da luz de Deus na prática das boas obras”.

“Santo Padre, pede a Santa Mãe Igreja que Vossa Santidade inscreva os Beatos Francisco Marto e Jacinta Marto no Catálogo dos Santos e, como tais, sejam invocados por todos os cristãos”, disse o prelado.

O bispo de Leiria-Fátima recordou, também, que os dois pastorinhos “cresceram num ambiente familiar e social modesto, profundamente cristão. A sua educação cristã simples, mas sólida, teve como principais agentes seus pais, que foram para eles um exemplo de fé comprometida, de respeito por todos, de caridade para com os pobres e os necessitados”.

“Em 1916, na primavera, no verão e no outono, veem o Anjo da Paz. Entre maio e outubro de 1917, em cada dia 13 (em agosto, no dia 19) foram visitados pela Virgem Maria, a Senhora do Rosário. Na primeira aparição, em 13 de maio de 1917, a Santíssima Virgem fez-lhes um convite: ‘Quereis oferecer-vos a Deus?’. Com sua prima, Lúcia, responderam: ‘Sim, queremos’. A partir dessa data viveram as suas vidas entregues a Deus e aos Seus desígnios de misericórdia”, disse também António Marto.

O bispo aludiu ainda ao “jeito pacífico e sereno” de Francisco e ao “caráter carinhoso e expansivo” de Jacinta.

“Recentemente, Vossa Santidade autorizou que a Congregação Para as Causas dos Santos promulgasse o decreto do milagre atribuído à intercessão dos Beatos Francisco e Jacinta. Por fim, no consistório de 20 de abril deste ano, Vossa Santidade estabeleceu a data da canonização destes mais jovens beatos da história da Igreja para este dia 13 de maio de 2017, durante a peregrinação ao Santuário de Fátima, na celebração do Centenário das Aparições da Santíssima Virgem, Senhora do Rosário”, recordou.

O papa Francisco encerra hoje uma visita de menos de 24 horas a Fátima, depois de ter chegado na sexta-feira.

É o quarto papa a visitar Portugal, após as presenças de Paulo VI (1967), João Paulo II (1982, 1991 e 2000) e Bento XVI (2010).