O chefe da diplomacia britânica lembrou a posição de Londres sobre o conflito israelo-palestiniano num texto publicado no domingo no jornal The Telegraph, nas vésperas do centenário da Declaração Balfour sobre a Palestina.

Na carta, publicada em 2 de novembro de 1917, lorde Arthur James Balfour, então ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, pede a criação de um “Lar Nacional Judaico” na Palestina, a qual funcionou como ponto de partida para a criação do Estado de Israel em 1948.

“Não tenho qualquer dúvida de que a única solução viável para o conflito é semelhante àquela inicialmente colocada no papel por um outro britânico, lorde Peel, no relatório da comissão real sobre a Palestina, em 1937″, ou seja, a visão de dois Estados para dois povos, escreveu Boris Johnson.

Este ‘lembrete’ da posição britânica tem lugar dias antes da chegada à Londres do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para celebrar a efeméride de 2 de novembro.

Boris Johnson destacou o “incontestável propósito moral” da Declaração Balfour de “dar a um povo perseguido uma casa segura”, observando que a disposição do documento que pede a proteção dos interesses das comunidades existentes na Palestina histórica “não foi totalmente concretizada”.

A posição de Londres é a de “dois Estados independentes e soberanos”, com Jerusalém como “capital partilhada”, sublinhou o chefe da diplomacia britânica.

“As fronteiras devem basear-se nas linhas [do armistício] definidas em 04 de junho de 1967 — véspera da Guerra dos Seis Dias –, com trocas justas de terras, para refletir os interesses nacionais, de segurança e religiosos dos povos israelita e palestiniano”, detalhou o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico.

Tal acordo devia abranger arranjos para a segurança de Israel, sustentou Boris Johnson, apontando que no tocante aos palestinianos deve “respeitar a sua soberania, garantir a liberdade de movimentos e demonstrar que a ocupação terminou”.

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