Blairo Maggi adiantou, em declarações à rádio Jovem Pan, que a reunião está marcada para segunda-feira, não adiantando mais detalhes.

Na sexta-feira, a polícia federal do Brasil realizou a operação "Carne Fraca" para recolher provas contra uma organização criminosa liderada por fiscais, executivos de grandes empresas do setor alimentar e intermediários que estariam a vender carne ilegal e até mesmo produtos estragados, para o estrangeiro.

No mesmo dia, o secretário-executivo do Ministério da Agricultura do Brasil disse temer que haja o encerramento de mercados estrangeiros aos alimentos exportados pelo país.

Eumar Novacki, numa conferência de Imprensa concedida em Brasília, anunciou que o Governo fechou três fábricas de carne onde foram encontradas irregularidades.

Além disso, 33 funcionários públicos do Ministério da Agricultura foram afastados dos seus cargos por se terem envolvido no esquema descoberto pelas autoridades locais.

Segundo as investigações, os agentes públicos, utilizando-se do poder de fiscalização do cargo, recebiam "luvas" para facilitar a produção de alimentos adulterados, emitindo certificados sanitários sem qualquer fiscalização efetiva.

A venda de carne ilegal foi executada por grandes fabricantes e exportadores de carne como a JBS e a BRF, que alegadamente pagavam "luvas" a funcionários públicos para não serem fiscalizadas.

Estas companhias teriam até vendido carne estragada ou com prazos vencidos para maximizar os seus lucros.

A preocupação de que o escândalo da venda de carne ilegal traga problemas para as exportações de carnes e alimentos não foi mencionada apenas por membros do Governo do país.

José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), disse que o esquema ilegal descoberto pela polícia brasileira e tornado público na operação de hoje vai afetar a imagem do Brasil.

Classificou a situação de "preocupante" porque já consolidou a sua participação no mercado internacional como exportador de carne.

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