O deputado do PSD eleito pelo círculo da Europa terminou hoje uma visita de três dias ao país, onde se encontrou com elementos da comunidade em Londres e também na região de Norfolk, no este de Inglaterra, nomeadamente Peterborough, Thetford, Norwich e Kings Lynn.

Em declarações à agência Lusa, disse ter encontrado uma preocupação sobre o futuro no Reino Unido após a saída da União Europeia, que se complica devido ao ao processo administrativo necessário para garantir a residência permanente.

"Para essas diligências administrativas vão ser necessários documentos portugueses e o consulado continua a ter um problema crónico de atendimento, mas que agora me parece ainda mais complicado porque as queixas que tive é que as pessoas nem sequer conseguem um agendamento", afirmou.

O atendimento no Consulado Geral de Portugal em Londres é feito apenas por marcação prévia na sua página de Internet, sendo os respetivos horários lançados diariamente às 16:00 horas. Em Manchester, a marcação é feita por email ou fax.

Segundo o deputado social-democrata, as vagas esgotam rapidamente e o tempo de espera pode estender-se por vários meses.

"As pessoas começam a ter receio de não existir a capacidade de fornecer em tempo útil os documentos administrativos necessários para uma eventual regularização da sua residência no Reino Unido", alertou.

O antigo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas questionou a política de colocação de pessoal no posto de Londres, onde a falta de recursos humanos é reconhecida pelo próprio governo.

"O secretário de Estado já anunciou por duas vezes que iria reforçar o consulado e aparentemente vai haver concurso para duas pessoas, mas vão sair duas pessoas e a situação fica precisamente igual", revelou.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, prometeu em novembro e, mais recentemente, em janeiro, um reforço dos meios dos consulados portugueses em Londres e Manchester, ao mesmo tempo que vincou que o número de atos consulares quase duplicou em 2016 para 70 mil, contra 40 mil em 2015.

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