“A boa notícia destes três meses é que, com estes tarifários e com a passagem [da Carris] para a Câmara, temos mais 300 mil viagens de pessoas com mais de 65 anos que passaram a ter um passe a preços acessíveis, que antes não tinham”, disse o presidente do município de Lisboa, Fernando Medina.

Falando aos jornalistas na sede da Carris, em Alcântara, no final da apresentação do orçamento e plano da empresa para o triénio 2017-2019, o autarca notou que este é um “aumento muito significativo, de cerca de 27%”.

“Na prática, são pessoas de mais idade, que estavam privadas de poderem circular e que, verdadeiramente, queriam andar de transporte público na cidade”, referiu Fernando Medina.

A Câmara de Lisboa assumiu em fevereiro passado a gestão da rodoviária - 41 anos depois de a ter 'perdido' para o Estado -, num processo que gerou alguma polémica, após o PCP ter pedido a sua apreciação parlamentar.

Desde essa altura, verificou-se uma “descida do preço do passe [Navegante Urbano terceira idade e Reformado/pensionista], que estava em 27 euros e passou para 14,5 euros”, apontou o responsável, justificando assim o aumento do número de viagens.

“É um dado da maior importância, que nos enche de satisfação e anima-nos sobre a justeza do caminho”, comentou.

Também desde fevereiro, o transporte de crianças até 12 anos (abrangendo vários títulos) passou a ser gratuito.

“Por mês, já há mais 60 mil crianças e jovens a utilizar os autocarros da Carris, isto no espaço de apenas três meses”, realçou o autarca socialista.

Ainda assim, reconheceu que há “um grande caminho ainda a percorrer, para divulgar mais a medida” junto desta população.

De acordo com dados enviados pela autarquia à agência Lusa, registaram-se mais 6.653 cartões (acréscimo de 245%) com o perfil criança no sistema de bilhética da Carris, passando de 2.720 em janeiro para 9.373 em abril.

No que toca aos utilizadores com 65 ou mais anos, registaram-se mais 12.299 cartões deste perfil (aumento de 46%), passando de 26.599 em janeiro para 38.898 em abril.

De acordo com Fernando Medina, “para este crescimento ser sustentável” são necessários “mais autocarros e mais motoristas”.

“Já temos mais 30 motoristas contratados nos últimos três meses, o que contrata com a perda acentuada de quadros que a empresa teve nos últimos anos, e ainda este mês é aberto um concurso para a aquisição dos 125 primeiros novos autocarros para reforçar a oferta da Carris”, adiantou.

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