Fontes do Serviço de Emergências Médicas (SEM) indicaram à agência EFE que os profissionais de saúde mobilizados para o local conseguiram reanimar o homem no local, que tinha sofrido um enfarte.

O SEM trasladou o homem de helicóptero para o hospital Vall d'Hebron, em Barcelona, mas ainda em estado crítico.

Os Serviços de Saúde da Catalunha informaram hoje que o número de pessoas feridas nos distúrbios relacionados com o referendo ascende, neste momento, a 91 pessoas, menos de um terço dos 337 mencionados anteriormente pelo governo regional.

Um porta-voz dos Serviços de Saúde catalães precisou que "deram entrada nos hospitais e centros de saúde 337 pessoas, a maioria por se terem sentido mal ou por problemas ligeiros, mas entre eles 90 feridos e um ferido grave, num olho".

Em conferência de imprensa, ao início da tarde, o governo regional catalão tinha atualizado para 337 o número de feridos na sequência dos distúrbios.

“Há 337 pessoas feridas ou com contusões. Pedimos aos feridos que façam uma denúncia junto dos Mossos d’Esquadra (polícia regional)", declarou o porta-voz da Generalitat, Jordi Turull.

Questionado na mesma altura sobre mais pormenores sobre o estado dos feridos – quantos ligeiros, quantos graves, quantos com tonturas ou ataques de ansiedade – Jordi Turull escusou-se a dar mais informações, alegando a necessidade de respeitar os familiares dos feridos.

A justiça espanhola considerou ilegal o referendo pela independência convocado para hoje pelo governo regional catalão e deu ordem para que a polícia regional fechasse os locais de votação.

Face à inação da polícia regional em alguns locais, foram chamadas a Guardia Civil e a Polícia Nacional espanhola. Foram estes corpos de polícia de âmbito nacional que então protagonizaram os maiores momentos de tensão para tentar impedir o referendo.

A Guardia Civil e a Polícia Nacional espanhola realizaram cargas policiais e entraram à força em várias assembleias de voto que tinham sido ocupadas por pais, alunos e residentes, numa tentativa de garantir que os locais permaneceriam abertos.

Estas forças retiraram pessoas que ocupavam locais de votação, tendo mesmo ocupado o pavilhão desportivo da escola em Girona onde deveria votar o líder da Generalitat, Carles Puigdemont.
O presidente catalão acabaria por votar noutro local.

Além destas situações, houve ainda confrontos noutros locais, nomeadamente na sala de exposições de Sant Carles de la Ràpita (Terragona) e na Escola Rius i Taule (Barcelona), segundo relatos de repórteres das agências noticiosas internacionais.