A votação obtida por Assunção Cristas (coligação CDS-PP/MPT/PPM) em Lisboa, ultrapassando o PSD como segunda força política na câmara da capital, é o dado mais significativo dos resultados eleitorais do CDS-PP nas autárquicas de domingo.

Quando faltavam apurar nove de 24 freguesias de Lisboa, a coligação "Nossa Lisboa" detinha 21% dos votos, situando o CDS-PP como segunda força política, atrás do PS.

"Sinto que em Lisboa somos certamente os líderes da oposição e a nível nacional trabalharemos para também ser", afirmou Assunção Cristas, que falou em "noite histórica", na sede do partido, em Lisboa.

Em 2001, o seu antecessor na liderança do partido, Paulo Portas, também concorreu à câmara de Lisboa e foi eleito com 7,5% dos votos, um resultado considerado abaixo das expectativas do partido.

O CDS-PP reconquistou a presidência da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro ao PSD, município a que presidiu durante quatro mandatos consecutivos, de 1989 até às eleições de 2005, ano em que voltou a vencer o PSD.

E manteve a presidência das cinco autarquias que conquistou nas autárquicas anteriores realizadas em 2013: Santana (Madeira), Vale de Cambra e Albergaria-a-Velha, (Aveiro), municípios em que reforçou a maioria absoluta, Velas (Açores) e Ponte de Lima (Viana do Castelo).

O CDS-PP não perdeu câmaras, mas terá perdido votos e mandatos nas eleições de domingo.

A nível nacional, quando faltavam apurar 39 de 3.053 freguesias, no "site" do Ministério da Administração Interna, verifica-se que o CDS-PP sozinho perdeu votos, situando-se a percentagem nos 2,68%, que correspondem a 129.313 votos.

Nas autárquicas de 2013, o CDS-PP sozinho obteve 3,04% dos votos, 152.073.

Em coligação com o PSD, destaca-se a conquista da presidência da câmara municipal de Ourém.

O CDS-PP surge ainda vitorioso nas autárquicas de domingo como partido que apoiou a candidatura do independente Rui Moreira à câmara do Porto, que reforçou a maioria.