“A primeira reação obviamente é de nos congratularmos com o resultado que aconteceu em França e com a eleição de Macron. Além de ser muito importante para a França, era importante para uma realidade até superior daquilo que é para a própria França que é a questão da Europa”, enalteceu o deputado centrista Telmo Correia, em declarações à agência Lusa.

A vitória do “candidato europeísta e que representa os valores da democracia e da tolerância em França” é para o CDS-PP, segundo o deputado, “fundamento óbvio de congratulação”.

“Não esperávamos outro resultado, já o tínhamos dito até antes da primeira volta que fruto de todo o processo eleitoral, Macron seria naturalmente um candidato unificador de um vasto espaço político de representação. No entanto deixar também nota que os desafios políticos do presidente eleito serão enormes”, avisou.

De acordo com Telmo Correia, “estas eleições podem trazer mudanças significativas, há incógnitas grandes em relação àquilo que será no futuro o modelo da governação” e ainda vão decorrer eleições legislativas.

“Se ganhou provavelmente o mais europeísta dos candidatos que estava neste confronto desde o início, nós registamos também que a expressão da crítica à Europa é muito grande também porque não é normal que um partido com as características extremistas da Frente Nacional tenha, apesar de tudo, um resultado claramente superior aos 30%”, alertou.

Considerando que não se pode subestimar o resultado de Marine Le Pen, o deputado do CDS-PP lembrou que “os adversários da Europa têm uma expressão muito forte na extrema-direita, mas têm também uma expressão grande à esquerda e na extrema-esquerda”.

“Regista-se no global destas eleições que o partido socialista francês, que estava no poder, ficou reduzido a uma dimensão mínima. Há uma incógnita enorme sobre o sistema partidário e sobre o próprio modelo de governação”, disse ainda.

O candidato centrista Emmanuel Macron obteve 62,7% dos votos na segunda volta das presidenciais francesas de hoje, quando estão contados 70% dos votos, segundo dados oficiais.

O resultado, inferior aos das projeções à boca das urnas, foram apurados depois do escrutínio dos votos das zonas rurais e localidades mais pequenas, onde Marine Le Pen (extrema-direita) teve mais apoio na primeira volta.

Segundo as projeções de três institutos de sondagens, Emmanuel Macron obtém 65% a 66,1% dos votos e Marine Le Pen 33,9% a 35%.

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