Candidato por um partido que nunca conseguiu qualquer mandato no executivo municipal – o vereador centrista Henrique Soares Cruz foi eleito como independente na lista do PSD às eleições de 2001 -, Rocha Pinto considera que tem “a preparação quer académica, quer de experiência” para concretizar “vários projetos”.

Há 30 anos técnico na Câmara Municipal de Almeirim, onde foi chefe da divisão de Obras Municipais durante 13 anos, elenca como prioridades “repor as pessoas a morar no centro da cidade (com simplificação de procedimentos e definição de uma estratégia com a Direção Geral do Património Cultural)”, deslocar a estação ferroviária da Ribeira de Santarém para a zona do CNEMA (centro de exposições) e do aeródromo, e criar um parque verde urbano.

Reabrir “num curto espaço de tempo” a Estrada Nacional 114, encerrada desde o verão de 2014, melhorar o acesso à vila de Alcanede, no norte do concelho, “dinamizar o mercado, mas com poucas obras”, melhorar os tempos de resposta dos serviços camarários, reduzir a dívida pela alienação de património e criar programas de apoio às famílias carenciadas e de estímulo de emprego são outras propostas referidas à Lusa.

Rocha Pinto quer ainda “criar um concelho amigo das empresas, que permita a sua fixação e a consequente criação de emprego”, e define como estratégia de crescimento o turismo religioso.

Propõe uma zona desportiva no antigo quartel (reativando as estruturas para o desporto equestre) e quer facilitar a instalação de unidades hoteleiras de apoio quer ao turismo religioso, quer aos equipamentos desportivos.

Natural de Lisboa, Rocha Pinto reside em Santarém praticamente desde que nasceu, mantendo uma participação cívica em associações de pais, no Club de Santarém (de que foi diretor e é atualmente presidente), na União Desportiva de Santarém (vice-presidente), na Diocese (membro do Conselho para os Assuntos Económicos) e no concelho vizinho de Almeirim, como mesário e agora vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia daquela cidade.

Filiado na Juventude Centrista em 1975, foi dirigente da associação académica do Liceu de Santarém, delegado distrital do CDS-PP em 1995, tendo sido eleito para a Assembleia Municipal de Santarém no mandato de 2001 a 2005.

Licenciado em Engenharia Civil, tem uma pós-graduação em Estudos Urbanos e Habitação, o Curso de Estudos Superiores Especializados em Gestão Autárquica e Regional e uma especialização em Avaliação Imobiliária, tendo constituído uma empresa de estudos e projetos e outra de construção civil antes de começar a exercer funções na Câmara de Almeirim.

A Câmara de Santarém foi dirigida durante 28 anos pelo Partido Socialista (de 1977 a 2005), tendo passado para uma maioria PSD pela primeira vez nas autárquicas de 2005 quando este partido candidatou o independente Francisco Moita Flores.

Moita Flores resignou em 2012, um ano antes das eleições que deram a vitória ao atual presidente, Ricardo Gonçalves.

O CDS-PP teve, em 2013, 717 votos para a Câmara Municipal e 996 para a Assembleia Municipal (um eleito), num universo de 27.774 votantes (dos 53.418 inscritos).

O PSD conquistou a Câmara de Santarém com 11.196 votos (40,31%), com quatro eleitos (ficou a dois votos da maioria absoluta), o PS teve 8.962 votos (32,27%), elegendo quatro vereadores, e a CDU 2.872 votos (10,34%), com um eleito.

Até ao momento foram anunciadas as candidaturas do PS, Rui Pedro Barreiro (17 de janeiro), do CDS-PP, António Rocha Pinto (16 de fevereiro), do PNR, Carlos Alberto Teles (11 de março), e do PSD, Ricardo Gonçalves (21 de março).