Em comunicado, a empresa precisou que 227 portugueses que estavam em diversos ‘resorts’ de Cayo Coco e Cayo Guillermo foram na quinta-feira "transferidos para Varadero juntamente com a tripulação da Euro Atlantic Airways, companhia que opera o voo para este destino”.

“Os restantes 50 passageiros do voo, operados por outro operador, foram transferidos” para Havana.

“Os passageiros que previsivelmente deveriam regressar no dia 11 a Portugal, com saída de Cayo Coco, sairão de Varadero, onde já se encontram, no mesmo dia e em horário similar”, acrescentou o operador.

Já os turistas em Varadero devem regressar no sábado, mas caso o voo não se realize desde aquela cidade, a partida será de Havana “sensivelmente no horário previsto”.

Todos os passageiros que tinham previsto iniciar as suas férias sábado para Varadero e na segunda-feira para Cayo Coco “poderão remarcar as mesmas para as saídas de 16, 23, 30 de setembro e 07 de outubro com destino a Varadero sem qualquer aumento de custo”.

Devido à previsão dos “efeitos das consequências climatéricas” em Cayo Coco, na região centro de Cuba, a empresa decidiu suspender a operação até ao fim do verão, foi ainda anunciado.

Hoje, o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, afirmou que não tem "registo de portugueses afetados" pelo furacão Irma, mas que houve dois pedidos de "apoio mais particular", em Cuba, que foram atendidos "de imediato".

"Houve um caso de um português que, por via, precisamente, da aplicação viajante, fez-nos chegar uma mensagem a dizer que ainda não tinha tido condições para sair do hotel onde se encontrava para, neste caso, ser transportado para Varadero. E um segundo caso que contactou com o Ministério da Administração Interna que, por sua vez, nos encaminhou esse caso e que, de imediato, teve o apoio das nossas autoridades diplomáticas", especificou.

Segundo José Luís Carneiro, os turistas em Cuba "foram deslocalizados para locais mais seguros" e "estarão, no entender das autoridades, devidamente salvaguardados".

A passagem do furacão Irma pelas Antilhas Francesas fez nove mortos, sete desaparecidos e 112 feridos, segundo um novo balanço anunciado pelo ministro do Interior francês, Gérard Collomb.

O anterior balanço das autoridades francesas, anunciado na quinta-feira, era de quatro mortos nas ilhas de São Martinho e de São Bartolomeu.

O Irma, o mais poderoso furacão atlântico numa década, fez no total pelo menos 19 mortos, segundo as informações divulgadas até ao momento pelas diferentes autoridades envolvidas.

Além dos nove nas Antilhas Francesas, registaram-se quatro mortos nas Ilhas Virgens Americanas, três em Porto Rico, dois em Barbado e um em Anguilla.

O furacão baixou nas últimas horas de categoria 5 para 4 na escala de Saffir-Simpson e dirige-se para a Florida, sudoeste dos Estados Unidos.

Além do Irma, outros dois furacões estão a progredir em simultâneo no Atlântico, Jose e Katia.