Esta posição, votada por iniciativa dos eleitos ecologistas que evocam uma “data histórica”, indica que Paris vai estudar esta possibilidade e “afirmar a sua solidariedade com Nova Iorque na sua política de desinvestimento das energias fósseis”.

Por outro lado, Paris vai promover o movimento de desinvestimento na rede de cidades C40, que é presidido pela presidente socialista da capital, Anne Hidalgo.

“Abrir a reflexão sobre a apresentação de uma queixa é colocar a questão do reconhecimento jurídico do ecocídio, isto é, dos crimes contra o clima”, congratulou-se o eleito ecologista Jérôme Gleizes.

“Já é tempo de fazer evoluir o nosso sistema jurídico para que possam por fim exigir reparações aos atores da perturbação climática”, acrescentou o presidente o grupo David Belliard.

Em 10 de janeiro último, a cidade de Nova Iorque processou cinco petrolíferas pelo seu alegado papel nas alterações climáticas, e anunciou a sua intenção de alienar cerca de cinco mil milhões de dólares (quatro mil milhões de euros) em investimentos em empresas ativas nas energias fósseis.

O presidente (‘mayor’) da autarquia nova-iorquina, o democrata Bill de Blasio, tinha anunciado que a cidade tinha processado na justiça federal os grupos BP, Chevron, ConocoPhillips, ExxonMobil e Shell.

“É uma notícia fantástica que cidades como Novas Iorque e Paris se mobilizem para proteger os seus cidadãos e responsabilizar as multinacionais dos combustíveis fósseis pelos estragos que causam”, reagiu em comunicado a organização não-governamental 350.org.