“O Conselho de Segurança acolhe favoravelmente os passos dados e a comunicação [estabelecida] entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul”, afirmou Kairat Umarov, após conversações entre os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU sobre os mais recentes desenvolvimentos.

“Os membros do Conselho [de Segurança da ONU] notaram que um diálogo inicial entre os dois Estados coreanos abre possibilidades de se estabelecer a confiança na península para aliviar as tensões e levar a cabo uma desnuclearização”, sublinhou o embaixador cazaque, ao ler aos jornalistas a declaração acordada pelos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU.

Altos representantes de Seul e de Pyongyang protagonizaram na terça-feira uma reunião de alto nível, a primeira do tipo desde dezembro de 2015.

Do raro encontro saíram resultados significativos, com a Coreia do Norte, que boicotou os Jogos Olímpicos de Seul em 1988, a aceitar enviar uma delegação aos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, que vão decorrer entre 09 e 25 de fevereiro na Coreia do Sul, a 80 quilómetros da fronteira.

Em comunicado, o embaixador da Suécia na ONU, Olof Skoog, cujo país tem estado muito envolvido nas relações entre Pyongyang e a comunidade internacional, sublinhou que a participação da Coreia do Norte nos Jogos Olímpicos de Inverno é um “desenvolvimento positivo”.

Skoog salientou ainda, a propósito da reabertura das linhas de comunicação militares entre os dois países, que os canais de diálogo são importantes “para evitar desentendimentos e reduzir as tensões” na península coreana.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou-se aberto a conversações diretas entre Washington e Pyongyang durante uma conversa telefónica com o homólogo da Coreia do Sul, Moon Jae-In, que admitiu a possibilidade de uma cimeira com os representantes do regime da Coreia do Norte.