"Estamos a ver do outro lado do conflito uma teimosia sem sequer dar um passo para resolver o problema", disse o xeque Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, ministro das Relações Exteriores do Qatar, depois de se reunir em Nova York com o secretário-geral da ONU, António Guterres.

O ministro discutiu com Guterres as tensões criadas depois de Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Egito romperem as relações com o Qatar no passado dia 5 de junho.

Os quatro países acusaram Doha de apoiar o terrorismo e aprovaram severas sanções económicas, o que o ministro qualificou de "séria violação do direito internacional". "Existe um papel para o Conselho de Segurança e para a Assembleia Geral e todos os mecanismos das Nações Unidas, porque obviamente as violações continuaram", disse Al-Thani aos jornalistas depois da reunião.

No mês passado, Al-Thani reuniu-se com vários países-membros do Conselho de Segurança para procurar apoio, mas o Conselho e Guterres insistiram que a solução deve ser encontrada entre os parceiros regionais.

O Kuwait tenta mediar a crise e diplomatas do Ocidente visitaram a região numa tentativa de acalmar a tensão, incluindo o secretário de Estado americano, Rex Tillerson.

"O Qatar já disse mais de 10 vezes que quer resolver este tema através do diálogo e não estamos dispostos a intensificar [o conflito],  eles devem desistir de todas as suas ações ilegais", disse o chanceler.

A crise é a pior entre os países do Golfo em décadas. Na terça-feira, a Arábia Saudita e os seus aliados divulgaram uma lista de 18 organizações e pessoas suspeitas de ter ligações com extremistas islâmicos vinculados ao Qatar.

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