Assunção Cristas, que hoje visitou o mercado municipal do Entroncamento (distrito de Santarém), no âmbito da iniciativa “Ouvir Portugal”, acusou as “esquerdas unidas”, que na sexta-feira chumbaram a proposta centrista para criminalização dos maus tratos e do abandono de idosos, de não estarem “nada preocupadas em proteger a população mais vulnerável e mais frágil”.

Cristas escusou-se a comentar se a afirmação do secretário-geral da UGT, Carlos Silva, de que há setores preparados para greves no caso de não haver aumentos na Função Pública, pode fragilizar o Governo.

“Haverá tempo para avaliar tudo, mas o que é mais importante é trabalhar para que o país possa crescer sustentavelmente, criando emprego para todas a idades para que não haja gerações excluídas, para que as pessoas que estão na casa dos 50 ou dos 60, mas que ainda podem e querem trabalhar, não sintam que já passou a sua oportunidade e os mais novos, onde temos muito desemprego concentrado, sintam que têm no país oportunidades e que eles próprios podem ser portadores das suas oportunidades”, afirmou a presidente do CDS-PP.

Assunção Cristas realçou a iniciativa que o partido está a promover, de ouvir as pessoas “no terreno”, pedindo que partilhem, por carta ou por email, as suas preocupações e opiniões, contributos para que o partido possa ter “um grande programa eleitoral, construído não apenas pelo CDS e pelos muitos independentes" que com ele colaboram.

Até agora, as questões da saúde têm sido “muito sinalizadas”, além da situação dos mais idosos, das pensões e do emprego, disse, apontando o caso que escutou hoje, de uma pessoa com 61 anos que “já passou todos os prazos do subsídio de desemprego, está com rendimento mínimo, quer trabalhar e não consegue encontrar trabalho”.

“Felizmente o desemprego desceu, mas é preciso encontrar mais trabalho, mais investimento, mais crescimento para o país”, declarou.

Quanto ao relatório do Tribunal Constitucional sobre o Serviço Nacional de Saúde, a líder centrista afirmou não ter tido ainda tempo para analisar, mas referiu o alerta deixado na sexta-feira pelos administradores hospitalares “dizendo que não têm recursos para fazerem face às necessidades”.

Cristas acusou o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, de serem “incapazes de dar a cara e dizer que as coisas não estão assim tão bem e que é preciso fazer melhor”.

“Isso era importante ouvir, porque se não se reconhece o problema não se encontra a solução”, afirmou, referindo o aumento das listas de espera para consultas, as cirurgias “a serem canceladas, os médicos e os enfermeiros exaustos dizendo que fazem falta profissionais nesta área e em grande número”.

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