"Vai ser uma surpresa", dizia Assunção Cristas, enquanto colocava panfletos com as suas propostas para a EMEL, de formato e desenho semelhantes às multas colocadas pela empresa municipal de estacionamento de Lisboa nos para-brisas dos carros.

De colete refletor da coligação "Pela Nossa Lisboa" (CDS-PP/MPT/PPM), Assunção Cristas percorreu ruas das Avenidas Novas acompanhada pela candidata àquela junta, a ex-jornalista Raquel Abecassis.

"O programa Lisboa Parque é um estatuto de benefício para os moradores, porque achamos que os moradores têm sido perseguidos pela EMEL e, naturalmente, não são os moradores das classes mais altas, que esses têm estacionamento, não é para casas de 500 mil euros, 600 mil euros, um milhão", defendeu Assunção Cristas.

Cerca de uma hora depois do ponto de encontro na pastelaria Versalhes, já na Visconde de Valmor, a candidata e líder do CDS-PP justificou a escolha do local para a ação "Vamos desbloquear Lisboa" com a particular penalização aos moradores das Avenidas Novas pela ação da EMEL.

"Estamos a falar de pessoas que vivem aqui há muitos anos, de classe média, para as quais hoje conta no seu rendimento mensal terem de pagar estacionamento por toda a Lisboa", declarou.

O programa "Lisboa Parque" prevê, para moradores, "duas zonas à borla, a de residência e outra", 20 minutos grátis por dia e 50% de desconto automático em todas as tarifas.

"Isto é tão mais importante quanto vemos a EMEL preparada para, depois de 01 de outubro, colocar mais uns milhares de parquímetros pela cidade. Isto tudo enquanto não temos transportes públicos em Lisboa que permitam uma alternativa às pessoas", argumentou a candidata, junto de uma ciclovia "que tem de ser corrigida".

Apoiada pelas queixas do presidente da associação de moradores das Avenidas Novas, José Soares, e de uma proprietária de um infantário da rua Visconde Valmor, Assunção Cristas apontou para uma ciclovia colada a uma faixa de estacionamento, onde as portas dos carros entram no espaço reservado aos ciclistas.

Nas eleições de 01 de outubro concorrem à presidência da Câmara de Lisboa Assunção Cristas (CDS-PP/MPT/PPM), João Ferreira (CDU), Ricardo Robles (BE), Teresa Leal Coelho (PSD), o atual presidente, Fernando Medina (PS), Inês Sousa Real (PAN), Joana Amaral Dias (Nós, Cidadãos!), Carlos Teixeira (PDR/JPP), António Arruda (PURP), José Pinto-Coelho (PNR), Amândio Madaleno (PTP) e Luís Júdice (PCTP-MRPP).