"Estes médicos [de medicina geral e familiar] esperam e desesperam, muitos já abandonaram o SNS [Serviço Nacional de Saúde] e foram para o setor privado, outros são contactados pelas empresas de prestação de serviços. As empresas são pagas pelo Estado a 24 euros à hora por cada hora de serviço médico prestado, estes jovens médicos especialistas e com direito a ser integrados e reconhecidos na sua especialidade, custariam 16 euros. Qual é o racional?", questionou Assunção Cristas.

No debate quinzenal, no parlamento, a líder do CDS confrontou ainda o primeiro-ministro com o chumbo das propostas centristas para criminalizar os maus-tratos a idosos e criar o estatuto do cuidador informal.

Quando António Costa lhe disse que não interfere nas opções da bancada do PS na Assembleia da República, órgão de soberania ao qual deve respeito institucional, Assunção Cristas respondeu que para mudar votos sobre o setor energético, as indicações de voto à bancada "aparecem e os votos são revistos".

"Os mais idosos não podem contar com a preocupação do PS nem com solidariedade do primeiro-ministro e também secretário-geral do PS para uma matéria que tem sido insistentemente denunciada", declarou Assunção Cristas.

Nas perguntas sobre saúde, um tema no qual o CDS tem vindo a insistir nos últimos meses e a que dedicou parte das jornadas parlamentares, o primeiro-ministro optou por apontar que a líder do CDS tenha repetido as perguntas hoje feitas pela coordenadora do BE, Catarina Martins.

"Qual é a data escolhida pelo Governo, pelo senhor ministro das Finanças, para abrir concurso para 700 médicos especialistas que esperam a oportunidade e o direito de integrar a sua especialidade no seu local de trabalho e assim servir os seus utentes todos os dias", começou por questionar Assunção Cristas.

António Costa disse não ter mais informação a acrescentar relativamente ao que havia respondido a Catarina Martins, que a abertura do concurso será feita oportunamente.

A líder do CDS também confrontou o primeiro-ministro com o protesto dos chefes dos três ramos das Forças Armadas, devido à "exiguidade do número de efetivos" e assinalou que recentemente houve também um "descontrolo no Estabelecimento Prisional de Lisboa com guardas prisionais".

"Também vai dizer que está tudo bem?", questionou.

O primeiro-ministro respondeu que "a normalidade reina no EPL", tendo o protesto de um grupo de guardas prisionais ter sido "devidamente respondido", apontando que numa área com 15 sindicatos existe uma "lógica conflitual" própria.

Relativamente às Forças Armadas, António Costa declarou que, tal como os chefes em questão afirmaram "nada está em causa", designadamente na capacidade de "desempenharem em pleno as missões que lhes estão confiadas".

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