Um comunicado do Ministério do Trabalho do Brasil divulgado hoje informa que as prisões fazem parte de uma operação chamada Canaã, iniciada em 2013.

Nesta nova fase, as autoridades investigaram a documentação dos trabalhadores explorados pela seita religiosa Igreja Cristã Traduzindo o Verbo, antes chamada de “Comunidade Evangélica Jesus, a verdade que marca”.

O número total de vítimas ainda não foi contabilizado, mas o órgão do Governo brasileiro informou que os líderes da seita convenciam os membros a doar todos os seus pertences ao grupo e a viver em comunidades onde tudo era compartilhado.

Segundo o Ministério do Trabalho brasileiro, os membros da seita trabalham longas horas todos os dias, sem pagamento, em fazendas e negócios da igreja, enquanto os líderes acumulavam o capital obtido pelo trabalho dos fiéis.

As autoridades brasileiras disseram que encontraram trabalhadores em condições análogas a escravidão durante incursões em São Paulo, Minas Gerais e Bahia na última terça-feira, quando as prisões foram feitas.

Os 22 líderes da seita foram presos preventivamente e, segundo a polícia federal do Brasil, se forem condenados podem ter penas de até 42 anos de prisão.