Gritos de alegria recebem o anúncio do barman no final da tarde: começou o "Happy Hour" no hotel-casino Mandalay Bay, em Las Vegas, pouco mais de 12 horas após um atirador matar 59 pessoas e ferir outras 527 disparando do 32º andar do mesmo prédio.

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Bill Cook, de Nova Iorque, viajou para Las Vegas para assistir a uma conferência horas antes de Stephen Paddock disparar contra a multidão que assistia a um festival de música country em frente ao hotel-casino Mandalay Bay. "Estou a tentar não pensar no que aconteceu. Sinto-me horrível e as minhas orações e pensamentos estão com as vítimas e os seus familiares, mas tenho que seguir em frente", disse à AFP este engenheiro de 48 anos."É quase surreal, honestamente. Estou certo de que irei voltar a Las Vegas em algum momento (...). Dá medo, mas há tantas coisas a acontecer no mundo que se se deixar influenciar ficará sempre escondido numa esquina".

Veronica Haig, de Round Rock, Texas, viajou também para Las Vegas com o marido Robert para uma conferência e, apesar da tragédia, não pensa em antecipar a viagem de volta. A texana, de 42 anos, lembra como ouviu as sirenes e os helicópteros, logo após o tiroteio, e desceu para o saguão do hotel. "Disseram-me para não sair, não vão a lado nenhum, voltem para os quartos", contou."Voltei para o quarto, liguei a TV e vi tudo o que acontecia. É loucura que isto possa acontecer, tanta gente ferida (...), mas vamos ficar" em Las Vegas, "é melhor nos divertirmos um pouco".

Joanice Green estava chocada, mas foi pragmática: "vão sempre existir loucos, em toda a parte, e estas coisas podem acontecer em qualquer lugar, até no quintal da sua casa". Esta americana de São Francisco, de 45 anos, revelou que passou a noite a chorar, mas que isso não a vai "impedir de fazer" o que foi ali fazer.

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