"Se o digital é uma espécie de faroeste, não podemos ir para lá como os xerifes dos velhos filmes do Oeste e temos que tentar estabelecer espaços reservados para a ordem editorial, onde se cumprem as regras que vêm nos estatutos editoriais e onde se diz ‘isto está certificado’ e ‘aquilo não está certificado’", afirmou Carlos Magno, que falava durante o Encontro de Reguladores da Comunicação Social dos Países de Língua Portuguesa, a decorrer em Coimbra.

Para o presidente na ERC, a diferença no futuro será entre "o que tem certificação e o que não tem certificação", com o regulador a dar uma espécie de selo de garantia ao leitor.

"O estatuto editorial deve ser entregue ao regulador para certificar e garantir que tudo está conforme, que as regras básicas se cumprem", dando garantias "de segurança da informação" consumida pelo público, sublinhou.

Para o presidente da ERC, o papel do regulador no futuro terá de ser mais do que o de "um vigilante" ou de "um fiscalizador".

Num momento em que é "cada vez mais importante" a distinção entre informação e propaganda, Carlos Magno aponta também para a literacia mediática como uma área "decisiva".

"É fundamental explicar às pessoas como se desconstrói uma notícia e como se produz informação", defendeu.