Trata-se da primeira vez que uma investigação mostra que a química do veneno nos organismos pode ser regulada em função da ameaça que se enfrenta, indicou a Universidade James Cook (JCU, na sigla em inglês) em comunicado.

Jamie Seymor, cientista do Instituto Australiano de Medicina e Saúde Tropical da JCU, que participou na investigação, explicou que o veneno pode ser um ‘cocktail’ poderoso de diferentes toxinas e que a questão era saber se a ‘receita’ era única ou se “respondia a diferentes ambientes e interações com os seus predadores e presas”.

Na investigação, realizada por um grupo de ambientalistas, químicos e especialistas em fisiologia, sob a direção do cientista Alex Gangur, submeteram-se os escorpiões a diferentes condições.

Um grupo foi colocado em frente de grilos vivos e outro diante de grilos mortos, enquanto um terceiro grupo de escorpiões foi confrontado com um rato dissecado para simular a ameaça de um predador.

Após seis semanas de experiências, constatou-se que os escorpiões expostos ao predador mostraram uma química do seu veneno significativamente diferente da dos outros dois grupos.

“A exposição ao predador simulado parece diminuir relativamente à produção de toxinas que funcionariam nos insetos, enquanto, no geral, aumenta a produção de uma secção do perfil do veneno que funciona em mamíferos”, indicou o ecologista Tobin Northfield, que participou no estudo.

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