Em declarações à comunicação social italiana, alguns dos participantes na cimeira do G7, a decorrer em Itália, como o ministro do Ambiente japonês, Koichi Yamamoto, asseguraram que o diretor da Agência para a Proteção do Ambiente (EPA na sigla em inglês) dos Estados Unidos, Scott Pruitt, se mostrou favorável a trabalhar no sentido de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.

A secretária geral da convenção quadro da ONU para as Alterações Climáticas, a mexicana Patricia Espinosa, referiu que aquele responsável norte-americano quer continuar a dialogar com esta entidade e garantiu que vai manter os “esforços no campo da luta contra a mudança do clima”.

O vice-presidente do painel intergovernamental de especialistas sobre alterações climáticas (IPCC), Carlos Carraro, explicou que, segundo transmitiu Scott Pruitt, os Estados Unidos “não estão em desacordo com os objetivos do Acordo de Paris, mas sim com a forma de consegui-los”.

Carlos Carraro referiu que os outros seis países do G7 (grupo de países mais desenvolvidos) lamentaram a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, mas garantiram que nenhum deles ficará para trás e mostraram-se mesmo disponíveis para analisar novos objetivos.

O G7 do Ambiente deverá terminar com uma declaração comum acerca dos seis temas em discussão: lixo marinho, finanças ecológicas, economia circular e utilização eficiente de recursos, ajudas a África e o papel dos bancos de desenvolvimento, impostos ambientais e gestão de resíduos perigosos.

O Acordo de Paris foi conseguido em dezembro de 2015 e reúne mais de 190 países, incluindo a China e os Estados Unidos, que têm das maiores emissões de gases com efeito de estufa, responsáveis pelo aumento da temperatura do planeta e da frequência de fenómenos extremos, como ondas de calor, secas, grandes quantidades de chuva em pouco tempo ou subida do nível do mar.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a saída do país do Acordo de Paris, desvalorizando as alterações climáticas.