No leilão, hoje realizado nas instalações da Polícia Municipal de Lisboa, foram colocadas à venda 15.700 toneladas de aço, com uma estimativa de encaixe financeiro de até 5,5 milhões de euros.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da comissão liquidatária dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), João Pedro Martins, revelou que "no início de janeiro será lançado novo procedimento para a venda da totalidade do aço, não estando ainda definida a sua metodologia".

"Não era expectável que o aço fosse todo vendido hoje. Vamos vender o aço na sua totalidade e vamos encaixar entre 5 a 5,5 milhões de euros, como inicialmente previsto", frisou.

Segundo o responsável, o procedimento que hoje decorreu entre as 15:00 e as 18:30, com a venda de 77 lotes de aço, "veio demonstrar que existe mercado, que há formas de evitar a cartelização dos preços e que o aço que os ENVC estão a vender é de boa qualidade e tem procura".

João Pedro Martins destacou que "houve lotes que tiveram dez licitações e que um deles, com preço base de 370 euros a tonelada, acabou por ser vendido a 455 euros, um valor 23% acima do preço base".

"Estes dados são importantes, tanto mais que este procedimento surge no seguimento de um concurso público internacional, lançado em outubro, que recebeu quatro propostas de compra, todas elas abaixo do preço base".

A venda do aço decorre do processo de encerramento daqueles estaleiros públicos, iniciado em 2013 após a subconcessão dos terrenos e infraestruturas dos ENVC ao grupo privado WestSea, concretizada em maio de 2014.

Anteriormente, o presidente da comissão liquidatária dos ENVC adiantou a Lusa que o aço agora à venda "tem certificado de origem para indústria naval" e "está em condições de ser reutilizado por outro tipo de indústria, tal como consta da avaliação de qualidade realizada em julho por uma empresa da especialidade".

Além da indústria naval, "este aço pode ser reutilizado na indústria metalúrgica, quer de grande porte quer nas metalomecânicas de precisão", sustentou, adiantando que os lotes colocados à venda têm um peso que oscila entre as 30 e as 200 toneladas".

"Desta forma abriremos a possibilidade para que mais entidades, fora da indústria naval, possam concorrer" disse.

Aquele material destinava-se à construção dos dois navios asfalteiros encomendados, em 2010, pela empresa petrolífera venezuelana PDVSA àqueles estaleiros navais, cuja construção nunca foi iniciada.

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