“Além de ameaçar o mundo com a devastação nuclear, a Coreia do Norte apoiou de forma repetida atos de terrorismo internacional, incluindo assassínios em territórios estrangeiro”, declarou em Washington o Presidente dos Estados Unidos.

Trump referiu especificamente o caso do estudante norte-americano Otto Warmbier. O estudante foi detido por Pyongyang e acabaria por morrer em junho, já no seu país, para onde foi repatriado em coma.

Em fevereiro último, a Coreia do Sul pediu aos Estados Unidos que voltassem a incluir Pyongyang na lista negra devido ao assassínio na Malásia de Kim Jong-nam, irmão mais velho do líder norte-coreano, Kim Jong-un.

A concretizar-se este anúncio de Trump, o regime norte-coreano junta-se a uma lista que já inclui outros inimigos dos Estados Unidos: o Irão, a Síria e o Sudão, ainda que, recentemente, este país tenha vindo a regressar às boas graças de Washington.

Pyongyang já esteve nesta lista negra, de 1988 a 2008, devido ao alegado envolvimento num atentado à bomba contra um avião comercial sul-coreano em 1987, que fez 115 mortos.

A administração do então Presidente George W. Bush retirou a Coreia do Norte da lista para facilitar negociações sobre o programa nuclear norte-coreano, que acabariam por redundar em fracasso.

“Isto já deveria ter sido feito há muito tempo (…) há anos”, disse Donald Trump.

O chefe de Estado norte-americano já tinha prometido tomar esta decisão durante a recente visita pela Ásia, que o levou ao Japão, Coreia do Sul e China, entre outros países.

A viagem asiática visou intensificar os esforços para isolar a Coreia do Norte.

Segundo o Presidente dos EUA, esta decisão abre caminho a “novas sanções” contra “a Coreia do Norte ou contra pessoas ligadas” ao regime de Pyongyang.

Daqui a três semanas, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos vai anunciar uma “importante sanção” contra a Coreia do Norte, ao “mais alto nível”, disse Trump sem dar mais pormenores.