É provável que o encontro aconteça esta quarta-feira, quando os embaixadores regressarem de uma visita à região de Lago Chad, disse um membro do corpo executivo das Nações Unidas.

A Coreia do Norte lançou esta segunda-feira quatro mísseis balísticos. A Coreia do Sul informou que os mísseis foram lançados em direção ao Mar do Japão e que, em conjunto com os Estados Unidos, estava a analisar todos os detalhes da ocorrência, depois de classificar de "ameaça real e imediata" a conduta do vizinho do Norte.

"Condenamos a contínua violação das resoluções do Conselho de Segurança por parte da República Popular Democrática da Coreia, incluindo o mais recente lançamento de mísseis balísticos, disse o porta-voz da ONU, Farhan Haq.

Em Tóquio, o primeiro-ministro Shinzo Abe afirmou que a Coreia do Norte disparou os quatro mísseis "quase simultaneamente" e que, depois de percorrer cerca de 1.000 quilómetros no sentido leste, três caíram na "Zona Económica Exclusiva" japonesa, ou seja, a menos de 200 milhas marinhas (370 km) da costa.

"Isso demonstra claramente que a Coreia do Norte atingiu um novo nível de ameaça", disse Abe, que convocou uma reunião do Conselho Nacional de Segurança.

"Os disparos reiterados da Coreia do Norte são um ato de provocação para a nossa segurança e uma violação flagrante das resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Não podemos tolerar", completou.

O líder norte-coreano Kim Jong-Un tenta desenvolver um míssil balístico intercontinental com capacidade de atingir o território dos Estados Unidos, algo que, afirmou Trump há vários meses, "não vai acontecer".

O Departamento de Estado americano condenou "energicamente" o lançamento dos mísseis e advertiu que os Estados Unidos estão prontos para usar "toda a gama de meios" à sua disposição "contra esta crescente ameaça".

Tropas sul-coreanas em alerta

A 12 fevereiro Pyongyang lançou um míssil balístico - o primeiro desde outubro de 2016 - que, de acordo com Seul, tinha como objetivo testar a resposta de Trump.

O presidente americano chamou na ocasião a Coreia do Norte de "grande, grande problema" e afirmou que pretendia dar uma "resposta muito enérgica".

Washington advertiu já, por várias vezes, que não tolerará que a Coreia do Norte produza armamento nuclear. O governo dos Estados Unidos pressiona a China, principal aliado e sócio comercial da Coreia do Norte, a fazer o máximo para controlar o vizinho.

De acordo com o ministério sul-coreano da Defesa, o alcance dos mísseis lançados esta segunda-feira era de "quase 1.000 quilómetros". Seul destacou que as Forças Armadas "estão a monitorizar de perto o exército do Norte".

O presidente interino sul-coreano, Hwang Kyo-Ahn, afirmou na sequência de uma reunião do Conselho de Segurança Nacional que "levando em consideração a brutalidade e imprudência demonstradas com o assassinato de Kim Jong-Nam (meio-irmão do ditador norte-coreano) o que pode acontecer se o Norte conseguir a arma nuclear é algo que supera o imaginável".

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