O encarceramento de Leopoldo Lopez, fundador do partido de direita Vontade Popular, e do presidente da câmara de Caracas, Antonio Ledezma, que se encontravam em prisão domiciliária depois de terem já estado detidos, é “mais um passo na direção errada para a Venezuela”, declarou um alto responsável do departamento de Estado norte-americano, Francisco Palmieri, na rede social Twitter.

O Supremo Tribunal acusou os dois opositores de terem tentado fugir e não terem respeitado as suas “condições de detenção” no domicílio, que lhes proibiam qualquer “proselitismo político”.

Ambos tinham apelado para a não-participação dos venezuelanos, no passado domingo, na eleição de uma Assembleia Constituinte todo-poderosa, um escrutínio marcado por incidentes violentos que fizeram dez mortos.

Na segunda-feira, Washington já tinha chamado “ditador” a Nicolás Maduro, impondo-lhe sanções pessoais no dia a seguir às eleições consideradas “ilegítimas” desta Assembleia Constituinte nas mãos do regime. Entre essas sanções, inclui-se o “congelamento de todos os bens” que o Presidente venezuelano possui nos Estados Unidos.

O Governo norte-americano sublinhou que Maduro é só o quarto chefe de Estado estrangeiro em exercício a ser assim sancionado por Washington, depois do sírio Bashar al-Assad, do norte-coreano Kim Jong-Un e do zimbabueano Robert Mugabe.