"Expressamos os nossos pêsames às famílias dos mortos ou feridos, incluindo os membros das forças de segurança venezuelanas. Os EUA continuam a pedir ao Governo venezuelano que respeite os Direitos Humanos de todos os seus cidadãos", explica o diário norte-americano "Nuevo Herald", citando fonte do Departamento de Estado.

As autoridades norte-americanas dizem estar "ao corrente dos relatórios sobre a confrontação mortal de 15 de janeiro último na Venezuela" e lamentam a perda de vidas humanos, tendo instado "todas as partes a abster-se do uso da violência".

"Congressistas, ex-diplomatas norte-americanos e ex-chefes de Estados da Europa e da América Latina, não têm duvidado em condenar o Governo de (Nicolás) Maduro pelo assassinato de Pérez", refere ainda.

Devido ao ocorrido, cinco ex-embaixadores dos EUA - James C. Cason, Everett E. Briggs, Elliott Abrams, José S. Sorzano e Otto J. Reich - enviaram uma carta ao Presidente Donald Trump, a vários Chefes de Estado da Europa e da América Latina e ao secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), "solicitando ações urgentes sobre os crimes indignantes que ocorrem na Venezuela, onde o regime de Nicolás Maduro continua a cometer assassínios contra o povo venezuelano".

"Vinte ex-presidentes e Chefes de Governo de Espanha e da América Latina não duvidaram em usar a palavra ‘massacre’ para descrever os factos”, refere o jornal.

Na terça-feira, durante uma conferência de imprensa em Caracas, o ministro venezuelano do Interior e Justiça, Néstor Reverol, anunciou que o ex-polícia Óscar Pérez, morreu na segunda-feira, durante uma operação policial para a sua captura.

Segundo o ministro, morreram mais seis pessoas que acompanhavam Óscar Pérez e dois agentes da Polícia Nacional Bolivariana.

"Apesar das tentativas para conseguir uma solução pacífica e negociada, este grupo terrorista fortemente armado, iniciou, de maneira mal-intencionada, um confronto com os organismos de segurança atuantes", disse.

As declarações do ministro contrastam com imagens de vídeos divulgados através da Internet em que Óscar Pérez denuncia que o pretendem assassinar.

Num dos vídeos ouve-se a dirigir-se aos agentes policiais revelando a existência de civis no local e a pedir que não disparem porque se vai entregar.

Óscar Pérez era acusado de, em junho de 2017, ter usado um helicóptero do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (CICPC, antiga Polícia Técnica Judiciária), para disparar vários tiros contra a sede do Ministério do Interior e Justiça e arremessado quatro granadas contra o Supremo Tribunal de Justiça, que não causaram vítimas.

Era também acusado de, a 18 de dezembro, ter liderado um grupo de 49 homens que assaltou um comando da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar), de onde roubaram armas e munições e onde manietaram vários oficiais, em Laguneta de La Montaña, a sul de Caracas. Em nenhum dos casos houve vítimas.

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