“O presidente [Donald Trump] e esta Administração pode fazer parar este precedente, para que diplomatas, militares e agentes dos serviços de informações norte-americanos não sejam condenados por tribunais estrangeiros”, disse Sabrina de Sousa numa entrevista à Fox News e que se encontra disponível na página da estação de televisão desde quarta-feira.

Sabrina de Sousa, de 60 anos, nascida em Goa, na Índia, com dupla nacionalidade (norte-americana e portuguesa), foi condenada à revelia, em Itália, a cinco anos de prisão por envolvimento no rapto do egípcio e radical islâmico Abu Omar, ocorrido em 2003, em Milão.

“Este caso exige uma investigação específica que deve ter lugar em Washington e não num tribunal estrangeiro. Esta é uma coisa que esta Administração deve fazer”, diz ainda Sabrina de Sousa sublinhando que está "otimista" em relação a uma eventual intervenção do novo presidente dos Estados Unidos.

Por outro lado, a Fox News, que cita “fontes oficiais da Casa Branca”, adianta que a Administração dos Estados Unidos está a tentar intervir “ao mais alto nível” a favor de Sabrina de Sousa.

“O governo dos Estados Unidos encara a condenação como uma violação do estatuto diplomático [de Sabrina de Sousa]”, refere a mesma notícia da Fox News citando fontes oficiais da Casa Branca que não são identificadas.

Entretanto, os advogados em Itália da ex-agente da CIA detida na segunda-feira em Lisboa para ser extraditada vão recorrer para o Tribunal dos Direitos Humanos pois consideram que Sabrina de Sousa tem direito a um novo julgamento.

Segundo disse à Lusa o advogado em Portugal da ex-agente da CIA, Magalhães e Silva, assim que Sabrina de Sousa chegar a Itália, para onde será extraditada, os advogados irão levantar uma série de questões ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.