Ao intervir num almoço em Moimenta da Beira, no distrito de Viseu, criticou os “grupos económicos que são apenas determinados pela obtenção do lucro máximo, negligenciando as necessidades e interesses das populações, como é o caso da PT/Altice”.

“Há três meses que muitas das nossas aldeias devastadas pelos incêndios esperam ligações de comunicação fixas. Três meses sem comunicações é uma situação inaceitável e um escândalo que nós não podemos calar”, frisou.

Três meses após os incêndios de 15 de outubro, há ainda várias aldeias e zonas em perímetro urbano onde não há acesso à rede fixa ou à internet, prevendo a Altice repor totalmente os serviços “a muito breve trecho”.

Contactados pela agência Lusa, três municípios do distrito de Coimbra (Arganil, Góis e Pampilhosa da Serra) e quatro do distrito de Viseu (Tondela, Vouzela, Carregal do Sal e Oliveira de Frades) confirmaram que há aldeias que continuam sem qualquer acesso à rede fixa, havendo ainda problemas nas comunicações nas vilas de Oliveira de Frades e da Pampilhosa da Serra.

Numa resposta enviada à Lusa, a Altice disse que prevê “que a reposição total dos serviços esteja feita a muito breve trecho”, explicando que a operação foi dificultada pela tempestade Ana, “pelas condições topográficas do terreno e pela afetação dos ‘stocks’ (concretamente postes) da Altice Portugal, já que alguns fornecedores foram também afetados”.

Durante o discurso, Jerónimo de Sousa lamentou que concelhos como o de Moimenta da Beira sejam “o espelho de um interior” que hoje se poderia chamar “terras do abandono, tal tem sido a opção da política de direita de sucessivos governos, agravada até aos limites pelos quatro anos de governo de PSD/CDS a executar a política negociada com a ‘troika’ estrangeira”.

“Aí os vemos agora, a empoleirar-se em juras de amor eterno ao interior, a desdobrar explicações para os problemas, a dar sentenças de como se deve fazer para os resolver”, criticou.

Na região em que se encontrava apontou, por exemplo, que “continua por fazer a ligação entre Lamego e Trancoso, prevista no Plano Rodoviário Nacional, ou as barragens para valorizar o regadio ou a reabertura do SAP”.

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