O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Marc Ayrault, defendeu nesta segunda-feira a "união dos europeus" como a "melhor resposta" ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que disse numa entrevista afirmou que "outros países irão deixar" a UE à semelhança do Reino Unido.

"A melhor resposta à entrevista (...) é a união dos europeus", afirmou Ayrault ao chegar a uma reunião de chefes da diplomacia da UE em Bruxelas.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Sigmar Gabriel, defendeu também hoje que a Europa tem de enfrentar o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, com confiança depois das críticas que este fez à União Europeia (UE) e à NATO, a quatro dias da sua tomada de posse.

"Acredito que nós, os europeus, não temos que cair numa profunda depressão. Não subestimo o que Trump disse sobre a NATO e a UE, mas seria bom para nós ter um pouco de confiança numa situação assim", disse Gabriel, que ocupa também a pasta da Economia, ao jornal Bild.

Ontem, Jean-Marc Ayrault já se tinha mostrado bastante crítico de Donald Trump, nomeadamente da sua proposta de mudar a embaixada americana para Jerusalém, uma decisão que considerou poder ter sérias consequências. " Claro que é [uma provocação]. Penso que não deveria poder fazê-lo", afirmou Jean-Marc Ayrault em entrevista ao canal de televisão France 3 no âmbito da conferência que decorreu este fim de semana em Paris sobre o processo de paz no Médio Oriente. "Teria consequências extremamente sérias e não é a primeira vez que está na agenda de um presidente americano, mas nenhum se deixou levar por essa decisão (...) Não se pode tomar uma posição unilateral. Têm de ser criadas condições para a paz".