François Fillon, candidato dos Conservadores à eleições presidenciais francesas afirmou, esta quinta-feira, segundo o Le Fígaro, que “não há razão para continuar a campanha [eleitoral]”.

De acordo com o publicado pelo jornal francês, Fillon diz que este é um momento para os candidatos demonstrarem “solidariedade para com a polícia e a sociedade francesa”.

“A luta contra o terrorismo islâmico deve ser a prioridade", disse o candidato, realçando que essa também será a sua prioridade.

Na sequência destas declarações, Fillon cancelou as ações de campanhas previstas para sexta-feira, último dia da campanha, ação replicada pela dirigente de extrema-direita, Marine Le Pen.

A três dias da primeira volta da eleição presidencial francesa, que decorre sob vigilância elevada devido à ameaça terrorista, um polícia foi morto e dois outros ficaram gravemente feridos num tiroteio na famosa avenida dos Campos Elísios, em Paris, cujo autor foi abatido.

Os 11 candidatos presidenciais participam hoje à noite numa entrevista televisiva.

O Presidente francês, François Hollande, confirmou esta noite que um polícia morreu e dois ficaram feridos no ataque e afirmou que as pistas apontam para um caso de terrorismo.

"Estamos convencidos, as pistas que podem conduzir a investigação são de ordem terrorista", afirmou o Presidente, numa declaração hoje à noite.

A procuradoria francesa anunciou ter aberto uma investigação de terrorismo ao ataque nos Campos Elísios, em Paris, contra agentes policiais, cerca das 21:00 locais, menos uma hora em Lisboa.