O projeto, financiado em 11 milhões de euros por uma fundação britânica e outra norte-americana, envolve, além de neurocientistas da Champalimaud, equipas de França, Reino Unido, Estados Unidos e Suíça.

Os diversos grupos vão trabalhar juntos, como se estivessem num único laboratório, e estudar a capacidade de aprendizagem e tomada de decisões humanas usando o ratinho como modelo para as experiências.

Os cientistas vão medir a atividade cerebral no roedor enquanto desempenha determinado comportamento, o que lhes permitirá “estudar a sequência de passos que o cérebro dá para tomar decisões, tais como escolher a melhor maneira de obter comida”, refere a Fundação Champalimaud em comunicado.

Cada laboratório vai fazer medições em centenas de neurónios (células cerebrais) de várias regiões do cérebro ao mesmo tempo, utilizando os mesmos equipamentos.

“Há cerca de 1.000 regiões no cérebro do ratinho e muitas destas nunca foran estudadas em pormenor”, assinala, citado no mesmo comunicado, o diretor do Programa de Neurociências da Fundação Champalimaud, o neurocientista norte-americano Zachary Mainen.

O projeto, financiado pelas fundações Wellcome Trust (Reino Unido) e Simons (Estados Unidos), prevê a constituição de uma base de dados comum e a partilha de ferramentas informáticas de análise de informação com a restante comunidade científica, para facilitar o trabalho de outros neurocientistas.